Em portaria publicada no Diário do Ministério Público Federal (MPF) de quarta-feira (31), o procurador da República Ricardo Pael Ardenghi converteu em inquérito civil um procedimento preparatório que investiga possível arrendamento ilegal na Terra Indígena Tadarimana, região de Rondonópolis (212 km ao Sul), com possível envolvimento de um secretário do Município e conivência de um cacique.
Procedimento preparatório foi instaurado no ano passado, com o objetivo de investigar reflexos de eventual arrendamento ilegal da TI, considerando o prejuízo que poderia causar à população da Aldeia Tadarimana.
Denunciante disse ao Ministério Público que foi ameaçado de morte por causa das informações que passou ao órgão.
Procurador citou a necessidade de esclarecer os fatos, especialmente por causa do suposto envolvimento do Secretário Municipal de Agricultura de Rondonópolis também na venda de um trator pertencente aos Bororos da Aldeia Tadarimana, bem como no plantio e venda de milho em sociedade com os indígenas, em local já fiscalizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA).
Justificando que já se esgotou o prazo de tramitação de procedimento preparatório, o representante do MPF então converteu em inquérito civil.
“Objetivando investigar os reflexos de eventual arrendamento ilegal na Terra Indígena Tadarimana sobre os indígenas da região, diante da notícia de irregularidades e ilegalidades concernentes a parcelamento de áreas às margens do Rio Vermelho, com possível envolvimento do Secretário Municipal de Agricultura de Rondonópolis e conivência de um cacique chamado Cícero”.
Fonte: gazetadigital.com.br