As prisões em flagrante pelo crime de embriaguez ao volante em Mato Grosso cresceram 25% no comparativo dos 4 primeiros meses deste ano a 2022, conforme apontam relatórios da Operação Lei Seca, coordenada pela Secretaria de Estado e Segurança Pública (Sesp). Enquanto de janeiro a abril do ano passado ocorreram 632 prisões, este ano já são 788. Ao longo de 2022 foram 1.732.
Hoje, na Grande Cuiabá, são realizadas em média 3 operações semanais. As prisões de motoristas embriagados realizadas na Baixada Cuiabana entre 1º de janeiro e a última quarta-feira (24) somavam 696 motoristas autuados. Nos últimos 5 anos foram 4.461 prisões pelo crime só na região metropolitana.
De acordo com o tenente-coronel Adão César Rodrigues da Silva, comandante do Batalhão de Polícia Militar de Policiamento de Trânsito Urbano e Rodoviário, em relação a este crime o Estado não pode afrouxar a fiscalização, pois se percebe que quando isso acontece a circulação de condutores embriagados nas vias aumenta.
“Meu sonho é realizar uma operação Lei Seca por dia, na região metropolitana”, diz o comandante. Lamenta que apesar de todas as campanhas de conscientização feitas ao longo de mais de duas décadas, muitos condutores não entendem que a ingestão de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência, aliada a condução de veículo é tratada como crime pelo Código de Trânsito Brasileiro, em vigor desde 1997.
Adão César reforça que nos dias de hoje e com o acesso às informações, não há como dizer que o condutor não tem conhecimento que dirigir sob efeito de álcool é proibido é pode se tornar um crime, além de trazer risco ao trânsito em geral.
“O que leva ao condutor dirigir sob efeito de álcool é a falta de conscientização e educação, pois acredita que o consumo de álcool e direção não é perigoso, algo extremamente errado pois quando ele que assume a direção de um veículo bêbado, transforma esse veículo em uma verdadeira arma inclusive pra ele mesmo”.
Frisa ainda que aquele infrator que acha que nunca será flagrado está redondamente enganado pois as operações lei seca cresceram exponencialmente no Estado então ora ou outra com certeza esse condutor terá um encontro com a rigidez do Código Brasileiro de Trânsito.
Superintendente da PRF cobra atuação
Fiscalização e punição efetiva dos condutores que insistem em dirigir sob efeito de álcool tem sido a forma de coibir os crimes, informa o comandante do Batalhão de Trânsito, Adão César Rodrigues. Lembra que dirigir sob efeito de álcool gera multa gravíssima acrescida em 10 vezes o seu valor num total de R$ 2.934,70, além de suspensão ou até mesmo cassação da CNH.
“Dirigir sob efeito de álcool traz enormes prejuízos econômicos ao condutor, é perigoso a sua integridade, prejudica o bem público com acidentes, causa prejuízo a saúde com ocupação considerável de leitos de UTI e enfermarias”, pontua o comandante.
Para o superintendente da PRF no Estado, Arthur Nogueira, é preciso que os municípios também implementem programas voltados para o trânsito. Lembra que nem 10 cidades de Mato Grosso possuem secretarias de trânsito e transporte ou guardas municipais voltadas para a fiscalização e conscientização no trânsito.
Fonte: www.gazetadigital.com.br