Jhon Mayke Teixeira de Souza foi alvo da Operação Fake Promises, deflagrada em janeiro
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra assina a decisão
A Justiça negou revogar a prisão de Jhon Mayke Teixeira de Souza, acusado de ser o líder de uma organização criminosa suspeita de vender consórcios falsos de imóveis e veículos em Cuiabá.
Ele foi preso em janeiro deste ano durante a Operação Fake Promises, deflagrada pela Delegacia Especializada em Estelionatos e Outras Fraudes da Capital.
A decisão é assinada pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e foi publicada nesta terça-feira (23).
O magistrado citou que as investigações apontam que Jhon Mayke era o proprietário de fato das empresas Jhon M. T. de Souza Ltda (J.M.T. de Souza); Ribeiro Representações; Ms Cred Consultoria e Investimento; BC Investimentos; FC Soluções Financeiras (razão social Lorrayne Alves Nunes), e dava ordens aos demais acusados de como praticar os golpes
Conforme o juiz, as investigações revelaram que algumas dessas empresas nem existiam de fato,”o que corrobora a narrativa das vítimas que denunciaram os golpes”.
Fato que demonstra que a empresa foi criada pelo grupo criminoso em nome de ‘testa de ferro” para fins ilícitos
Ainda de acordo com o magistrado, uma dessas empresas foi aberta no nome da mãe de Jhon Mayke, “fato que demonstra que a empresa foi criada pelo grupo criminoso em nome de ‘testa de ferro” para fins ilícitos”.
“Assim, ao menos a priori, não há falar-se em ausência de indícios de materialidade delitiva e autoria. Quanto aos demais aspectos da prisão preventiva, é certo que este juízo já os reavaliou previamente (ID 112513181), de modo que, à míngua de novos elementos que alterassem a situação fático-processual do réu, o entendimento firmado e os fundamentos da segregação – aqui não repetidos para se evitar desnecessária tautologia – se mantêm incólumes”, decidiu.
A operação
No total, foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva e 12 de buscas e apreensão em salas comerciais nos edifícios Palácio do Comércio, Maruanã e Top Tower, em Cuiabá.
De acordo com a delegada Judá Maali Marcondes, que coordena a investigação, foi apurado que o grupo atraía as vítimas por meio de redes sociais anunciando créditos contemplados.
Contudo, depois que as vítimas assinavam os contratos descobriam se tratar de consórcios de imóveis, veículos, terrenos, entre outros.
A investigação apurou ainda que os golpistas afirmavam que os consórcios seriam de empresas dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, porém a Delegacia de Estelionatos fez contato com as Polícias Civis dos estados e descobriu que não há nenhuma empresa registrada.
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Fonte: midianews.com.br