Investigações identificaram uma organização criminosa com quatro núcleos distintos
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá, deflagrou na manhã desta terça-feira (23.05), a Operação Falso Amigo, para cumprimento de 21 ordens judiciais, entre mandados de prisão, busca e apreensão e bloqueios bancários, tendo como alvo uma organização criminosa especializada em crime de estelionato eletrônico, na modalidade “perfil falso”.
Na operação são cumpridos nove mandados de prisão preventiva, 12 de busca e apreensão domiciliar, um sequestro de veículo, além de nove pessoas alvo de bloqueios, que atingiram 71 contas bancárias de integrantes da organização criminosa. Os mandados foram cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande e no Estado de Goiás.
A investigação buscou a identificação de suspeitos especializados na prática de golpes do “Perfil Falso” realizado por meio de aplicativo de mensagens (em especial whatsapp). Neste tipo de fraude eletrônica, parte do grupo se passa por parente ou pessoa próxima das vítimas, usando fotografias deles e se identificando falsamente para em seguida, solicitam valores em dinheiro utilizando uma conversa enganosa.
As vítimas, pensando se tratarem de parentes (filhos, netos, tios) ou de amigos próximos, são ludibriados pela versão contatada pelo golpista e acabam realizando transferência de valores para as contas indicadas por eles.
O delegado Marcelo Martins Torhacs, explica que durante a investigação, foi identificado que a organização criminosa é estrutura em quatro núcleos distintos, dentre eles os que fornecem suas contas bancárias para o recebimento das transferências realizadas pelas vítimas (“os conteiros”); os que são responsáveis pela arrecadação dos valores obtidos com as fraudes; aqueles que fazem contatos telefônicos com as vítimas, aplicando o falso perfil; e por último os líderes da organização criminosa, os quais ostentam viagens, bens e vida luxuosa às custas das infrações penais praticadas pelo grupo.
“Em apenas um dos casos, a vítima recebeu contato de integrantes do grupo criminoso e acreditando falar com o parente, realizou transferências bancárias para várias contas, tendo um prejuízo superior a R$ 10 mil”, disse o delegado.
A representação pelas medidas cautelares realizada pela delegada Judá Maali Marcondes, recebeu parecer favorável do Ministério Público e foi acolhida pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO) da Comarca de Cuiabá.
Fonte: agoramt