O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil), tem aproveitado seu período de licença das atividades parlamentares para percorrer bairros em Cuiabá, apresentando seu nome como pré-candidato a prefeito nas eleições de 2024.
Na periferia, onde tem destinado emendas para obras de asfalto e auxílio à agricultura familiar, Botelho tem sido bem recepcionado, com populares recordando suas ações à frente do Legislativo, principalmente nas demandas relacionadas à população mais carente. Uma das articulações recentes de Botelho considerada bem sucedida foi a intermediação de uma proximidade da Prefeitura de Cuiabá com o governo do Estado para obras de asfalto em 11 bairros de Cuiabá.
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Conforme divulgado pela Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), a ordem de serviço para o início das obras, que foi dividida em três etapas, já foi assinada no dia 13 de abril. Três empresas irão executar os trabalhos, com início nos bairros Alto da Boa Vista e Novo Tempo. Em seguida, será executado nos bairros Campo Verde da Esperança, Jardim Aroeira, Novo Horizonte, Planalto e Tancredo Neves. No terceiro lote, as obras serão no bairro Novo Milênio.
Atualmente, Botelho tem apoio de parlamentares expressivos para concorrer a Prefeitura de Cuiabá. Na lista estão a deputada estadual Janaína Riva (MDB) e o primeiro secretário da Assembleia Legislativa, deputado estadual Max Russi, que inclusive convidou publicamente Botelho para filiar-se ao PSB e concorrer a Prefeitura de Cuiabá em 2024.
Com prestígio político e popular, Botelho também já foi sondado pelo MDB, PSD e pelo “Mais Brasil 25”, partido que nascerá da fusão do PTB com o Patriota.
Diante da onda crescente de apoio político a Botelho, que inclui ainda a cúpula do União Brasil composta pelo senador Jayme Campos e pelo deputado estadual Júlio Campos, o deputado federal Fábio Garcia tende a ficar isolado no partido.
Nos bastidores, a avaliação é de que o parlamentar não tem identificação com causas populares, principalmente com as pessoas de baixa renda, não conhecendo profundamente, por exemplo, problemas socioeconômicos e de infraestrutura dos bairros de Cuiabá.
Além disso, costumeiramente é lembrado nas conversas políticas que Fábio Garcia tem mais “a cara de Brasília” e, em um passado recente, preferia morar em Rondonópolis (225 km ao Sul de Cuiabá) com sua família.
Além disso, a empreiteira de sua família, a Engeglobal Construções, conduzida pelo empresário Robério Garcia, foi responsável por obras inacabadas em Cuiabá como o córrego 8 de abril, que virou uma verdadeira dor de cabeça aos moradores do bairro do Porto e região.
A mesma empreiteira ainda foi responsável pelas obras do COT (Centro Oficial de Treinamento) da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) que chegou a ter reivindicação de trabalhadores por péssimas e desumanas condições de trabalho.
Fonte: copopular.com.br