Ele montou um esquema e dizia às vítimas que aplicaria dinheiro no mercado financeiro
A Polícia Civil de Mato Grosso teve apoio da da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e da Polícia Civil de São Paulo
As investigações da Delegacia de Estelionato de Cuiabá iniciaram após várias vítimas denunciarem que tinham transferido valores significativos ao investigado, que se apresentava como especialista em investimentos (investidor) no mercado financeiro, prometendo rendimentos entre 7% e 8% ao mês.
Por meio de conversa enganosa, bem elaborada, o investigado conseguiu captar, de quatro vítimas, aproximadamente R$ 500 mil somente em Cuiabá, com a promessa que investiria no mercado financeiro, na bolsa de valores.
As conversas com as vítimas se davam por meio de aplicativos de mensagens, ocasião em que o investigado mantinham as vítimas em erro quanto à existência dos investimentos e encaminhava programações e comprovantes de resgate falsos.
Quando as vítimas solicitavam prestações de contas ou restituição dos valores transferidos, o falso investidor não restituía os valores, sob as justificativas variadas, inclusive com subterfúgios de encaminhamento de PIX falsos. Os fatos vieram a tona após o investigado desaparecer e não dar mais satisfação às vítimas.
O falso trader se apresenta como investidor às pessoas, captando seus recursos, sem comprovar que opera no mercado financeiro
Prisão e buscas
Após o recebimento das denúncias, foram realizadas oitivas das vítimas e coletas de documentos, sendo representado pela delegada Judá Maali Pinheiro Marcondes pelos mandados de busca e apreensão, prisão preventiva e sequestro de bens do investigado, que foram acolhidas pelo Ministério Público e deferidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO) de Cuiabá.
Com informações do paradeiro do suspeito na cidade de Americana (SP), o delegado Marcelo Martins Torhacs, entrou em contato com a Polícia Civil de São Paulo, que localizou e deu cumprimento ao mandado de prisão contra o falso trader, além das demais ordens judiciais expedidas pela Justiça mato-grossense.
Com a prisão do suspeito, o inquérito policial que apura os casos deve ser concluído nos próximos dias.
Identificação de outras vítimas
A equipe da Delegacia de Estelionato orienta as pessoas que tenham sido vítimas e eventualmente tenham transferido valores para falsos traders ou investidores, que procurem a unidade policial para relatar os fatos, uma vez que pode se tratar de crimes de estelionatos eletrônicos ou cibernéticos.
“O falso trader se apresenta como investidor às pessoas, captando seus recursos, sem comprovar que opera no mercado financeiro, sem apresentar nenhum comprovante de investimento e sem garantia nenhuma que os valores serão restituídos, causando expressivos prejuízos às vítimas”, explicou o delegado Marcelo Martins Torhacs.