MT: USINA NO RIO CUIABÁ: ‘Tragédia ambiental, social, econômica e cultural’, diz pesquisador sobre construção de PCHs

MT:  USINA NO RIO CUIABÁ:  ‘Tragédia ambiental, social, econômica e cultural’, diz pesquisador sobre construção de PCHs
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Pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso, Francisco de Arruda Machado, popularmente conhecido como “Chico Peixe” disse em entrevista ao Jornal do Meio Dia de quinta-feira (11) que não é exagero dizer que seria uma “tragédia ambiental” se for aprovado à construção das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) no rio Cuiabá. “Não é exagero! Não se trata somente de tragédia ambiental, é uma tragédia social, econômica e cultural e poucas pessoas conseguem vislumbrar o que isso significa”, alertou.

Leia também – produção pesqueira e turismo serão prejudicados com novas PCHs no rio Cuiabá

Desde a apresentação do texto pelo deputado estadual Wilson Santos (PSD), em 2022, o assunto tem gerado polêmica. Na semana passada, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram maioria contra a lei estadual que barra a construção das PCHs no rio Cuiabá. Ambientalistas são contra a medida e acusam impactos negativos para toda a bacia do rio Cuiabá.

“Tem criação de gado que depende desse rio. Pequenas plantações, mas também muitas pessoas que têm a segurança alimentar, que vem do rio a partir de peixe, principalmente, e pescadores profissionais que vivem seu modo de vida a partir disso [do rio]”, defendeu Chico Peixe.

Estudo do Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP), em parceria com o Instituto de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (Inau), aponta que a construção das PCHs no curso do corrente pode prejudicar a produção pesqueira e o turismo. Além disso, toda a bacia do Pantanal também pode ser prejudicada.

Atualmente, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) analisa estudos ambientais para o pedido de construção de 6 PCHs no rio. Chico Peixe afirmou que a Sema tem profissionais especialistas e capacitados para a análise que estão realizando.

“Espero que isso [análise no rio] não seja feito só para quem defende usinas, […] se fizer da perspectiva de pessoas que têm consciência profissional de tudo que poderá acontecer, vejo minimamente com uma coisa boa”, destacou.

Fonte:  gazetadigital.com.br

 


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