MT: PROXIMIDADE COM MP: Paulo Prado: Escolas são porta de entrada para crianças denunciarem a violência sofrida em casa

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Segundo o procurador, após ações realizadas pelo Ministério Público nas escolas, várias crianças e adolescentes procuram professores para relatar abusos sofridos em casa.

O procurador de Justiça da Infância, Paulo Prado, salientou a importância das ações contra a violência sexual, desenvolvidas pelo Ministério Público de Mato Grosso diretamente nas escolas. Ele fez uma análise durante entrevista ao podcast do MP.

Para o procurador, as escolas são a porta de entrada para que as crianças relatem a violência sofrida em casa. “Sempre ao final dessas ações, tem algum menino ou menina que procura a professora para dizer que alguém da família, uma irmã, uma prima ou ela mesma, que está passando por uma situação de violência sexual”, afirmou.

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Prado deu um exemplo hipotético, sobre um pai que abusa sua filha de 5 anos. “O pai se aproxima dela e fala: ‘Minha filha, o papai ama muito você, gosta muito de você, e eu vou te ensinar um carinho, e esse carinho é só meu e seu e ninguém pode saber’”, conta.

“Então os dois grandes amores dessa menina são o pai e a mãe. Olha o referencial paterno, a figura do homem, do pai, do protetor, na vida dessa menina. Uma conversa de carinho ‘papai ama você, adora. Abraça o papai’”, continua.

O procurador afirma que em muitos desses casos, o ‘carinho’ começa a avançar para o abuso sexual, um desejo do homem por uma mulher. “Só que essa mulher é a filha dele, de 5 anos de idade. Essa menina começa a ficar em dúvida, na cabeça dela”, salienta.

“Ele vai avançando até, de repente, que esse carinho provoca dor nessa menina. Quando tenta penetrar, praticar, com essa menina, algo mais agressivo”, completa.

Conforme Prado, isso confunde a cabeça da criança, já que o pai é uma das pessoas que ela mais ama e confia. Além disso, o procurador diz ainda que a mãe pode não acreditar no caso, por conveniência, por depender do abusador, ou por não querer acreditar mesmo.

Nessas situações, a criança acaba procurando outra pessoa em quem ela confia muito para contar o abuso e muitas das vezes, essa pessoa está na escola, por isso a importância das ações. “Pode ser uma amiguinha que ela enxerga como uma irmã, ou uma professora, ou uma cuidadora, ou alguém que trabalhe na escola que demonstrou o afeto, que demonstrou proteção, que demonstrou segurança, confiabilidade”, completa.

Fonte:  reportermt.com


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