Ex-senador vê dificuldade em apoiar reeleição de presidente e elogia ex-juiz Sérgio Moro
MidiaNews
O ex-senador Júlio Campos, que faz elogios a possíveis adversários de Bolsonaro
O ex-senador Júlio Campos (DEM) afirmou que vê dificuldades em manter o apoio dado ao presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018 em Mato Grosso em razão dos atos turbulentos e dos radicalismos que marcaram a atual gestão.
“Eu votei em Bolsonaro na eleição passada, ajudei na sua eleição, mas tenho muita restrição, muita dificuldade [agora], porque o seu governo não foi o que a gente esperava. Muitas falhas, muita turbulência, radicalismo”, criticou.
O político afirmou que a eleição presidencial ainda não tem sido discutida com veemência em Mato Grosso e que posições devem ser tomadas apenas a partir de maio deste ano.
Eu votei em Bolsonaro na eleição passada, ajudei na sua eleição, mas tenho muita restrição, muita dificuldade [agora], porque o seu governo não foi o que a gente esperava
No entanto, mostrou simpatia por nomes que hoje se colocam como terceira via na disputa pela sucessão presidencial, como o ex-juiz federal Sérgio Moro (Podemos) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT).
Segundo ele, nem apoio ao pré-candidato do PT, ex-presidente Lula, está descartado, em razão da possibilidade de aliança com o PSDB.
“Estamos analisando friamente e vamos aguardando. Até mesmo a candidatura do Lula nos deixa um pouco sensibilizados pela possível presença do Geraldo Alckmin, que é meu amigo pessoal, como vice-presidente daquela chapa”, afirmou.
Elogios a Moro
Enquanto o seu irmão, senador Jayme Campos (DEM), não pouca críticas à pré-candidatura de Sérgio Moro, afirmando que não vota nele de jeito algum, Júlio não pouca elogios ao ex-juiz e vê o nome dele com força para as eleições de outubro deste ano.
“Ele é um candidato natural, forte, não resta dúvida. É um homem de valor, corajoso, tem a minha simpatia e respeito como cidadão, porque as posições que ele tomou como juiz não é qualquer um que tem coragem de tomar”, afirmou.
“As punições que ele deu foram concretas, não resta dúvida que retornou muito dinheiro para o Brasil de corrupções cometidas nos governos passados. Mas como presidente tem que ser bem avaliado, porque entre ser juiz e presidente da República há um caminho bastante longo”, analisou.
Fonte: midianews.com