A falha em arrombar o cofre da empresa de valores Brinks e a iminente chegada de policias do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) impediram que criminosos concretizassem roubo em Confresa e fugissem. As buscas continuam e equipes de segurança afirmam que a quadrilha está cerca em área conhecida como Ilha do Bananal. Além de forte aparato policial, o alagamento na região dificulta a movimentação dos criminosos.
Em entrevista coletiva no Tocantins, na manhã desta segunda-feira (17), o comandante da Polícia Militar, Márcio Antônio Barbosa de Mendonça, afirmou que o suspeito preso, Paulo Sérgio Alberto de Lima,49, revelou o plano do grupo. Segundo ele, há dois anos o planejamento era feito e foram empenhados R$ 2 milhões.
Eles estipularam 2h30 para arrombar o cofre e fugir com o dinheiro, pois em cerca de 3h equipe do Bope já estaria na cidade para prendê-los.
“Com 2 horas e meia eles não conseguiram abrir o cofre, a chegada do Bope estava próximo de acontecer e eles empreenderam fuga. O grupo de operações está muito bem estruturado. Fizemos a contenção de barreiras com as unidades de área, ela está toda cercada e na zona quente, colocamos o agrupamento de operações especiais. Bope de Mato Grosso, Goiás, Minhas e Tocantins estão no local. A operação é um sucesso e esperamos mais resultados positivos”, disse o policial sobre a Operação Canguçu.
O secretário de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso, Cesar Augusto De Camargo Roveri, afirmou que o trabalho em conjunto entre as policias é primordial para a localização e prisão dos acusados. Em entrevista nesta segunda, ele citou que há cerca de 350 homens da Segurança Pública de vários estados.
Ainda pontuou que a área onde os criminosos estão é de difícil acesso por conta da enchente de rios e que a chegada ocorre principalmente de barco.
“Serie de armamento e equipamentos, veículos apreendidos que foram usados. São inúmeras pessoas e veículos para checagem se são pessoas da região ou algum suspeito. Estamos num trabalho incansável para prender essa quadrilha”, declarou.
Até o momento, apenas um suspeito foi preso. Outros 2 foram mortos em confronto com policiais. Contudo, o grupo é grande, com cerca de 15 criminosos.
O caso
Ação criminosa iniciou com o cercamento da base da Polícia Militar no fim da tarde neste domingo (9). Os ataques ocorreram de forma coordenada em diversos pontos da cidade. Os bandidos, fortemente armados, incendiaram veículos e efetuaram disparos em diversos pontos do município.
Um carro do Corpo de Bombeiros foi alvo de disparos do bando, que circulou por vários pontos da cidade usando automóveis blindados.
Fonte: gazetadigital