O presidente do Sindicato dos Odontologistas do Estado de Mato Grosso (Sinodonto), Leandro Arruda, afirmou que os profissionais da categoria que atuam em Cuiabá têm sido pressionados pelo Gabinete de Intervenção a retornar aos postos de trabalho mesmo com as unidades em condições precárias de atendimento, como a falta de insumos e equipamentos odontológicos, ausência de manutenção de ares-condicionados, sem auxiliares, recepcionistas e seguranças.
Em nota, o gabinete disse que a coordenadoria de saúde bucal está fazendo um levantamento para identificar os problemas das unidades a fim de restabelecer o serviço de forma plena à população. Disse ainda que algumas unidades já passaram por adequações, possibilitando os atendimentos e que a equipe busca medidas para melhorias em todas as unidades para que todas tenham condições de funcionamento.
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Segundo o representante da categoria, dentistas denunciaram terem sido pressionados pelo Gabinete da Intervenção a retornarem ao atendimento de forma imediata, isso sem insumos e sem possibilidade de atendimento.
“Não é dessa forma que a gente espera solução do problema da odontologia com a intervenção”, disse Leandro. “Nós não vamos admitir pressão por parte da intervenção com relação ao início do atendimento nessa situação degradante que estão as unidades”.
Ele diz que a situação da categoria é “muito grave” e que não admitir os problemas atuais não serão solucionados com pressão sobre funcionários.
“Nós esperamos da intervenção a manutenção dos equipamentos, melhora da estrutura, limpeza e reforma dos ares-condicionados, para que dê condições para nós que estamos lá todos os dias trabalhar”.
Segundo Leandro, o Centro Especializado de Odontologia (CEO) do Bairro Planalto, na Capital, está fechado há cerca de 4 anos, parado, à época, para uma reforma. Outro caso citado por ele é que há um ano a rede odontológica de Cuiabá não realiza biópsias para detecção de lesões bucais por falta de credenciamento.
Em nota, o sindicato afirmou que nos últimos 3 anos se reuniu por várias vezes com gestores, além de enviar ofícios solucionando a resolução dos problemas, porém as medidas nunca tiveram efeito.
Afirmou ter protocolado, com farta documentação, denúncia ao Ministério Público Estadual (MPE), que instaurou um processo para apurar as condições das unidades. O mesmo documento foi encaminhado ao Tribunal de Conta do Estado (TCE) e à Câmara de Vereadores de Cuiabá.
Fonte: gazetadigital.com.br