Com mais de 60 anos de carreira, o artista colecionava grandes sucessos e foi apelidado como “O Menestrel do Brasil”, por Vinícius de Moraes.
Juca fazia shows de humor quando isso não era moda, gravou discos de sucesso contando piadas com acompanhamento de violão, lançou livros e foi ator. No cinema, participou da era da chanchada, aparecendo em “Eu Sou o Tal” (1959) e “Marido de Mulher Boa” (1960).
Nascido em 22 de outubro de 1938, Jurandyr Czaczkes Chaves era filho de judeus europeus, que migraram para o Rio durante a ascensão do nazismo. Iniciou sua carreira no fim da década de 1950, tocando modinhas e trovas num estilo suave, até estourar ao combinar humor com as melodias. Sua fama era tanta que ele participou como ele mesmo na série policial “Vigilante Rodoviário” (em 1961) e no filme que a adaptou para a tela grande em 1962.
Ele também estrelou e compôs a música do filme “A Virgem Prometida” (1969), de Iberê Cavalcant. Mas suas piadas não poupavam o Regime Militar, por isso acabou exilado, primeiro em Portugal, onde sofreu censura, e depois na Itália.
Ao voltar ao Brasil, lançou sua gravadora independente, a Sdruws Records, e colecionou passagens em programas de sucesso na televisão brasileira. Não saía das telas nos anos 1980, aparecendo nos programas de Sílvio Santos, Hebe Camargo, Chacrinha e até num especial de Elis Regina.
Em 2003, sua canção de 1970 “Take me Back to Piauí” ganhou alcance internacional, ao ser incluída na coletânea “Brazilian Beats Volume 4” da gravadora britânica Mr. Bongo. Posteriormente, ela acabou servindo de trilha para o premiado filme “É Proibido Fumar” (2009), de Anna Muylaert, e também do documentário americano de surfe “Rio Breaks” (2009)
O artista morava na capital baiana junto com a mulher, Yara Chaves, e as duas filhas.
Fonte: msn.com