A MARCHA DA INSENSATEZ

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No dia 8 de janeiro passado, desequilibrados perpetraram uma das mais nocivas ações contra a democracia da história do país. Depredaram os locais representativos dos poderes da república. Grotesco. Em nome de um patriotismo comandado por um “patriota” que se refugia nos EUA. Como um rato. Essa questão de esquerda e direita, como já disse Temer, é uma grande bobagem. É uma súcia a procura de inimigos. Saudades do direitista Roberto Campos com suas frases cortantes. Simplesmente quis extinguir a Petrobrás, sob o argumento de que o Japão não tinha uma gota de óleo e estava, à época, entre os 4 países mais ricos do planet  a. Uma deliciosa frase dele: o Brasil não chegou nem sequer ao capitalismo selvagem. Estou falando do Roberto Campos original, pantaneiro mato-grossense. Não desse Roberto Campos 13,75, atual.

Há o escape da terceirização. Os seguidores do fujão desfibrado dizem que quem fez todo aquele vandalismo foram infiltrados do PT. A cara nem treme como diziam os cuiabanos antigos. Aguardando que eles afirmem que quem receitou cloroquina e tentou levar as jóias presenteadas ao governo brasileiro foi o Ciro Gomes, a Tebet e o preferido deles, o Lula.

Voltando os olhos para a nossa paróquia, nos deparamos com a querela sobre escolas militares. Outro dia assisti a uma extraordinária entrevista do professor e deputado Wilson Santos, onde ele afirmou, dentre outras coisas, que há alunos que terminam o nono ano sem saber ler e escrever. Essa afirmação do Wilson é aterradora para o país. É uma perversidade com nossa juventude. Há muito trabalho a ser feito. Nos remete ao mantra repetido incansavelmente por Cristovam Buarque, para quem, e para nós outros também, a educação é a única arma, a única forma de vencermos as desigualdades sociais. Quantos talentos não estamos perdendo ao não levarmos uma boa educação para as periferias?

Se as escolas militares são a solução, devem ser ofertadas para todos os alunos da rede pública, em todos os níveis administrativos. Federal, estadual e municipal.

Em não sendo ofertadas igualitariamente, torna-se cimento na construção dessa desigualdade social imoral, agressiva, desumana com a qual os estratos sociais do país vergonhosamente, convivem.  As escolas e universidades federais, são ilhas de excelência que servem, pasmem, aos ricos. As federais são quase cativas para egressos das escolas privadas. Os pais dos alunos dessas escolas privadas pagam, e muito, por uma educação de qualidade para seus filhos, para que eles tenham quase que garantidas as vagas nas universidades públicas. As escolas do ensino básico e médio, privadas, cobram o olho da cara, por oferecerem um produto único no sistema educacional brasileiro.  Porque não seguirmos o modelo das escolas privadas? As escolas militares para todos os brasileiros e mato-grossenses, em se provando boas.

Ao contrário disso, efetivar-se-á um comportamento sádico oficial. Triste.

Surpresa agradável é o documentário da Globo sobre o jornalista Jorge Bastos Moreno, meu primo, com quem tive contendas infindas, e amor recíproco também infindo. Inteligência pairando 20 degraus acima da média da humanidade. Salve Jorge. Abraços Jorge

Elesbão Moreno da Fonseca

Engenheiro civil e músico


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