A senadora Margareth Buzetti (PSD) perdeu o prazo para retificar a assinatura do requerimento para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os atos golpista e de depredação contra os três Poderes da Constituição, do dia 8 de janeiro. Com isso, apenas o senador Wellington Fagundes (PL), manteve o apoio.
Nos bastidores, a informação era de que Fagundes iria remover a assinatura. No entanto, a assessoria do parlamentar informou que ele decidiu manter.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deu dois dias para que quem assinou o requerimento em janeiro, quando a senadora Soraya Thronicke (União-MS) propôs a investigação, ratificasse o apoio. O prazo se encerrou nesta sexta-feira (17). Além de Buzetti, o senador Jayme Campos (União) também acabou perdendo o prazo.
A medida de Pacheco ocorreu porque o pedido foi feito na legislatura passada, com nomes de senadores que já encerraram os seus mandatos.
Buzetti chegou a fazer duras críticas aos ataques criminosos contra os prédios do Palácio da Alvorada, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) em sua conta no Instagram. Ela chegou a ser bombardiada de críticas e ameaças de bolsonaristas na época.
A mudança de Buzetti ocorre porque o governo Lula (PT) entendeu que a CPI poderá se tornar um palanque permanente para que os bolsonaristas insistam no ‘3º turno’ das eleições, já que ainda não aceitam a derrota de Jair Bolsonaro (PL) no ano passado.
A senadora, que se filiou ao PSD, passou a fazer parte da base de sustentação do governo, após um acordo para que ela assumisse a vaga de Senado, já que o titular, Carlos Fávaro (PSD), está ocupando o cargo de Ministro da Agricultura.
A proposta da CPI pede que seja apurada a responsabilidade pelos atos, possíveis omissões de autoridades e a existência de financiadores. Além deste, há outro requerimento para a criação de uma comissão mista (CPMI), ou seja, composta por senadores e deputados federais.
Fonte: gazetadigital.com.br