Ministério da Justiça autoriza o emprego da Força Nacional de Segurança Pública, em apoio a Mato Grosso, para atuar na prevenção e repressão aos crimes de tráfico de drogas praticados por organizações criminosas que atuam na região fronteiriça entre Brasil e Bolívia, principalmente o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) que disputam território e são responsáveis pelo aumento da criminalidade na região, inclusive das mortes.
A ação, conforme o governo federal, é uma medida imprescindível à preservação da ordem pública e da segurança da população e do patrimônio. O apoio será por 90 dias. Conforme o Ministério da Justiça, o Estado deverá ofertar apoio logístico e dispor de infraestrutura necessária à atuação da Força Nacional.
O contingente a ser disponibilizado vai obedecer a um planejamento. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União, nesta quinta-feira (16). Titular da Delegacia Especializada de Fronteira (Defron), Bruna Caroline de Laet afirma que o apoio será muito bem recebido, pois apesar de ter uma equipe dedicada e comprometida na repressão contra os crimes cometidos na região fronteiriça, ainda não é o ideal para atender aos 28 municípios que compõem a faixa de fronteira.
“Nosso efetivo é pequeno, mas é composto por policiais que dão a vida para combater os crimes que ocorrem todos os dias e cada vez com mais frequência. Mato Grosso é a principal porta de entrada de entorpecentes no país. É daqui que a droga é distribuída para todo o Brasil. Então nosso trabalho é árduo”. Laet explica que é justamente pelo fato do estado ser a principal via do tráfico, que facções criminosas brigam por território.
Existem os pontos tidos como estratégicos pelos maiores traficantes do país, o que intensifica e acirra os embates entre os criminosos, resultando em outros tipos de crimes, em especial o homicídio.
“Como estamos falando de uma região que abrange outro país, é importante frisar que além da Polícia Civil, também há a atuação conjunta da Polícia Militar e Federal. Todo reforço é importante quando se trata de criminosos extremamente organizados”.
A delegada destaca que ao combater o tráfico, as instituições conseguem reduzir outras estatísticas como o roubo e receptação de veículos, crimes comuns e que ocorrem em apoio ao transporte de drogas, além de homicídios.
Fonte: www.gazetadigital.com.br
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