Delegação brasileira é composta pela primeira-dama Janja, ministros Mauro Vieira, Haddad, Marina Silva, Anielle Franco e outros
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou, na manhã desta quinta-feira (9), em Brasília rumo aos Estados Unidos, onde se encontrará com o presidente americano Joe Biden na Casa Branca.
Ele foi acompanhado até a porta do avião pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que ficará oficialmente no comando do país durante a viagem diplomática.
“Embarcando para os EUA para encontro com o presidente Biden. Até a minha volta no sábado, Geraldo Alckmin fica na presidência. Bom trabalho!”, escreveu o perfil do presidente nas redes.
Lula viaja acompanhado da primeira-dama Janja Lula da Silva, que deve se encontrar com a primeira-dama americana Jill Biden.
A delegação brasileira ainda conta com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco (PT).
O líder do governo no Senado, Jacques Wagner (PT), o embaixador e assessor da Presidência, Celso Amorim, e o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Elias Rosa, também viajam para Washington.
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A expectativa, de acordo com a assessoria do presidente, é que o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pouse no período da noite desta quinta.
Lula e Janja ficarão hospedados na Blair House, também conhecida como “The President’s Guest House” (Casa de hóspedes do presidente, em tradução livre), por costumeiramente ser a residência oficial onde ficam os chefes de Estado que visitam Washington.
Em março de 2019, quando foi aos Estados Unidos a convite do então presidente Donald Trump, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também se hospedou na Blair House.
Compromissos oficiais
Na sexta-feira (10) o chefe do Executivo brasileiro terá uma série de compromissos.
Além da reunião com Biden, estará com o senador democrata Bernie Sanders, um dos autores da resolução no Congresso para que, no ano passado, o resultado da eleição no Brasil fosse imediatamente reconhecido, o que foi visto como um ato em defesa à democracia.
O petista também terá um encontro com lideranças sindicais norte-americanas.
Segundo apuração da âncora da CNN Daniela Lima, o presidente brasileiro quer construir uma relação pessoal com Biden, a exemplo do forte vínculo que tinha com George W. Bush e do bom elo que construiu com Barack Obama.
/ Ricardo Stuckert (PR)/Tom Brenner (Reuters)
Esse último, inclusive, chegou a se referir a Lula como “o cara” durante uma reunião do G20, em Londres.
A expectativa é de que Lula também leve para o centro do debate a importância do Brasil para a manutenção da democracia nas Américas e a capacidade do país como força de combate à extrema-direita.
Nesse sentido, o petista deverá falar sobre os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro, e sobre como estão as investigações sobre os atos criminosos.
Fontes ligadas a Lula garantem que o presidente brasileiro está preparado para responder sobre as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso. Além da diferença das legislações de entre Brasil e EUA, o objetivo é mostrar que o que tem sido feito pela Suprema Corte Brasileira é algo inovador para combater os ataques à democracia.
Outras pautas
Biden, por sua vez, pretende discutir com Lula os problemas e as eventuais soluções para questões raciais e sociais nos dois países. A informação foi confirmada à CNN por diplomatas americanos envolvidos na organização do encontro bilateral entre os dois líderes. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, estará presente na comitiva.
Tanto os diplomatas americanos quanto o Itamaraty concordam que os dois países enfrentam graves problemas nas duas áreas e têm muitas experiências a compartilhar. Ou, como disse um diplomata americano, “um país pode aprender muito com o outro, e vice-versa”.
Lula e Biden também vão conversar sobre como encontrar caminhos conjuntos para defender a democracia e debaterão ações concretas para conter as mudanças climáticas e preservar o meio ambiente.
Presidente dos EUA, Joe Biden / Foto de arquivo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. /Foto tirada em 9 de novembro de 2022 em Washington, EUA/REUTERS/Tom Brenner
O presidente brasileiro já adiantou que pretende debater com o colega americano formas de conter a disseminação de informações deliberadamente falsas no mundo digital.
Qualquer avanço neste campo vai depender muito da participação americana, já que as maiores redes sociais do mundo operam a partir daquele país.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, estará na viagem e deve tratar de assuntos como mudanças climáticas e a crise dos povos Yanomamis. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também estará na delegação brasileira.
A volta da comitiva presidencial ao Brasil está programada para o sábado (11).
Janja vai ter encontro reservado com esposa de Biden
A primeira-dama brasileira, Janja Lula da Silva, vai ter um encontro reservado com Jill Biden, esposa do presidente dos Estados Unidos, na sexta-feira (10), na Casa Branca, em Washington.
O encontro é mais uma das agendas que compõem a viagem de membros do governo brasileiro, encabeçado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à capital americana.
Janja se reúne com a primeira-dama americana às 15h30 (horário de Brasília). Duas horas mais tarde, às 17h30, é a vez de Lula e Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, sentarem à mesa.
Fonte: cnnbrasil.com.br