O técnico Rogério Ceni admitiu após a derrota, de virada, por 2 a 1 para o Red Bull Bragantino que o confronto desta quarta-feira no estádio Nabi Abi Chedid “não foi um jogo bonito de assistir”. O São Paulo sofreu no primeiro tempo para levar perigo ao adversário, mas melhorou na etapa complementar e até saiu na frente graças ao gol de Galoppo, entretanto, levou um duro golpe nos minutos finais.
“Não foi um jogo extremamente técnico, foi muito mais físico do que técnico, jogo de marcação pressão, velocidade, contragolpes. As duas equipes tiveram como ponto positivo a marcação mais forte, obrigando muitas bolas longas, lançamentos. Não foi um jogo bonito de assistir, porque as duas equipes marcaram bem. Com menos energia, sofremos o gol e perdemos confiança. Eles não tiveram muitas chances de gol, mas aproveitaram as poucas que tiveram”, comentou Rogério Ceni.
O São Paulo esteve muito próximo da vitória, já que vencia a partida até os 39 minutos do segundo tempo, mas o comandante tricolor foi honesto ao dizer que sua equipe não merecia ter saído de campo com o resultado positivo.
“Estar ganhando por 1 a 0 e sofrer o gol aos 40 minutos do segundo tempo e depois de três minutos sofrer outro é algo que você não se conforma. Como jogo, o Bragantino é uma equipe bem competitiva, muito física, forte. Não sei nem se merecíamos estar à frente, estava bem parelho, bem equilibrado, como também não merecíamos a derrota. Ou talvez merecíamos, porque tivemos a oportunidade de matar um contra-ataque naquele momento, mas também é difícil, o cara que está ali dentro do campo está cansado, você tem a esperança de retomar a bola ao invés de matar a jogada. Nos minutos finais é mais difícil de ter raciocínio claro nas decisões do campo de jogo”, prosseguiu Ceni, se referindo ao lance do segundo gol, em que Alan Franco não faz falta em Arthur, que origina a jogada.
É inegável que o Red Bull Bragantino tirou o São Paulo da zona de conforto, obrigando o adversário a jogar de forma diferente da que está acostumado. Prova disso foi o fato de a equipe comandada por Rogério Ceni ter trocado menos de 500 passes ao longo dos 90 minutos pela primeira vez na temporada. De acordo com o Sofascore, o Tricolor terminou a partida com 407 passes trocados.
“A maioria dos times vem pra se defender aqui, nós viemos para marcar pressão. Eles tiveram que mudar o jeito de jogar, rifaram muitas bolas pra frente, mas eles também tiveram uma marcação muito forte, primeiro jogo que trocamos menos de 500 passes. É um time que tem um jogador super talentoso, que é o Artur, e marca muito forte, mas cede bastante espaço em bolas longas. Passamos perto da vitória, não conseguimos controlar o jogo faltando poucos minutos. Infelizemente, sofremos a virada. É um bom time, parece ser bem treinado, mas foi um jogo bem parelho”, concluiu Ceni.
O São Paulo agora volta o foco para o clássico do próximo domingo, contra o Santos, no Morumbi, às 19h (de Brasília), confronto que pode colocar ainda mais pressão sobre os ombros de Rogério Ceni, muito por causa da crise vivida pelo rival neste início de temporada.
Próxima partida: São Paulo x Santos, domingo (12), às 19h, no Morumbi, pelo @Paulistao. pic.twitter.com/YZxYpMlsPU
— São Paulo FC (@SaoPauloFC) February 9, 2023
Fonte: www.gazetaesportiva.com