Janaina Riva (MDB) criticou o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) por ter sugerido uma “renovação” no partido, com uma nova direção, para que o diretório estadual esteja alinhado ao novo cenário político da presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A deputada disse que o partido não irá abandonar Bezerra, que não foi reeleito, “agora que vem passando por tantos problemas”.
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Em Mato Grosso, nas eleições de 2022, o MDB apoiou o governador Mauro Mendes (União), que atuou na campanha de Jair Bolsonaro (PL) no Estado.
A esposa do prefeito, Márcia Pinheiro (PV), que foi candidata ao Governo, apoiou Lula. Nesta quinta-feira (2), inclusive, o filho de Emanuel, o deputado federal Emanuelzinho (MDB) foi escolhido vice-líder do governo do presidente Lula na Câmara Federal. O prefeito estaria articulando para que houvesse um alinhamento do diretório estadual com o presidente.
“O alinhamento tem que ser feito pela base federal e lá no campo federal a gente nem se envolve, aí é deputado federal e senador. Aqui dentro do estado nosso alinhamento é com o governador Mauro Mendes, então deixo essa sugestão a ele, que atenda o partido no âmbito estadual e a gente deixa o federal para quem é deputado federal e senador”, disse Janaina Riva.
Emanuel já afirmou ser contra a exclusão de Bezerra, mas defende a renovação. O prefeito confirmou que conversou com o deputado federal Juarez Costa (MDB), um dos defensores da renovação emedebista e que é apontado por alguns como quem quer assumir a direção do partido no lugar de Bezerra.
“O partido tem um presidente, que é o presidente Bezerra, é uma grande falta de respeito com ele que se propôs a disputar uma eleição. Se ele não disputasse a eleição, mesmo já com a idade que estava, o filho do Emanuel e o Juarez poderiam nem ter sido eleitos nessas eleições e não vejo o porquê de agora o partido falar em troca de comando”, rebateu Janaina.
A deputada ainda disse acreditar que o deputado Juca do Guaraná (MDB), que foi da base de Emanuel na Câmara Municipal de Cuiabá, também pensa como ela, de que não há o que questionar com relação à direção do partido.
“O Bezerra é democrático, ouve todo mundo, dá espaço para todo mundo, eu me sinto contemplada pela presidência dele […] a política ainda é o diálogo, política não pode ser um jogo de força, você tem que estar disposto a sentar e conversar, como a gente vem fazendo no partido. […] A gente tem que respeitar uma pessoa que ficou mais de 40 anos como presidente, não é agora que vem passando por tantos problemas que a vamos abandoná-lo”, defendeu a deputada.
Fonte: gazetadigital.com.br