Brasil gerou 26,6% empregos a menos em 2022

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Dados do Ministério do Trabalho revelam que país criou 2,037 milhões de empregos formais, com 22,64 milhões de contratações e 20,61 milhões de demissões. Números não incluem economia informal.

Dados do Ministério do Trabalho divulgados nesta terça-feira (31/01) revelam que, em 2022, o Brasil gerou 2,037 milhões de empregos com carteira assinada, o que corresponde a uma queda de 26,6% do total registrado no ano anterior.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho revelam que no ano passado foram registradas 22,64 milhões de contratações e 20,61 milhões de demissões, o que corresponde à queda de 26,6% em relação a 2021, quando foram gerados 2,776 milhões de postos de trabalho.

Já no ano de 2020, no auge da pandemia de covid-19, o país perdeu 192 mil empregos com carteira assinada. Antes do início da década, o governo modificou a metodologia da análise dos dados, o que impede comparações com os anos anteriores.

Segundo os dados do Caged, em dezembro de 2022, o Brasil tinha um saldo de 42,71 milhões de empregos com carteira assinada. Em 2021, esse total em novembro era de 43,14 milhões e, em dezembro 40,67 milhões. No último mês de 2022, as demissões superaram as contratações em 431.011 vagas formais.

Na avaliação por setores da economia brasileira, o de serviços foi de longe o que mais gerou empregos formais no país em 2022, com 1.176.502 vagas com carteira assinada. O segundo setor a gerar mais empregos foi o comércio, com 350.110, seguido da indústria, com 251.868.

Sudeste registrou fatia maior das vagas

A maior parte das vagas foram abertas na região Sudeste, que somou 978.666. Em segundo lugar aparece o Nordeste, com 385.094, à frente da região Sul, com 309.277 empregos formais.

Em dezembro de 2022, o salário médio de admissão foi de 1.915,16 reais, o que significa uma queda real em relação a novembro (1.933,06 reais), descontada a inflação.

Os dados do Caged avaliam somente os trabalhadores com carteira assinada, não levando em conta o trabalho informal. A pesquisa recolhe dados das empresas e inclui o setor privado com carteira assinada.

A metodologia, portanto, difere da adotada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é realizada através de pesquisa domiciliar e abarca também a economia informal.

Fonte:     dw.com


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