Audiência pública para tentativa de militarização da Escola Estadual Adalgisa de Barros, em Várzea Grande, tem causado grande polêmica entre pais, alunos e até políticos do estado. Nesta semana, o caso tomou grande proporção após vários embates durante a votação. A audiência precisou ser anulada, segundo a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), ‘devido à falta de diálogo pacifico entre as partes’.
Gláucia Luiza, mãe de uma estudante que está há 3 anos na escola, relatou ao GD, a insatisfação diante do novo cenário que pode ser instalado. Contra a militarização, a mãe ressalta que a escola sempre foi muito boa na questão do ensino e que a nova metodologia pode prejudicar os alunos, inclusive a filha que não se encaixa em padrões militares.
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“É uma escola muito boa referente ao ensino. Ficamos muito preocupados quanto a isso e lutamos na primeira audiência. Muitos pais não querem essa mudança. Eu, como mãe, particularmente, fico preocupada já que a minha filha não se enquadra no modelo. Além disso, tem a farda, materiais e tantas outras coisas que a maioria dos país não têm condições de manter”, disse.
Audiência tumultuada
A audiência pública que era para votação ocorreu na última segunda-feira (23) e contou com a presença de deputados estaduais e autoridades. A cerimônia foi marcada por embates e tumulto e precisou ser anulada devido à falta de ‘democracia’.
Para a mãe, a situação da militarização é decorrente ao desejo de políticos’ bolsonaristas’, o que traz a revolta de professores e pais. ” Infelizmente o que está acontecendo. Quem quer essa militarização é a Secretaria de Educação e os vereadores, que são os bolsonaristas do estado, vieram em 3 ônibus para votarem, tumultuaram a escola e por isso ocasionou a revolta”, pontuou.
A audiência sequer concluiu a 1ª etapa (apresentação do plano de trabalho) e agora ficara por conta da Diretoria Regional de Educação do Polo Várzea Grande, sob orientação da Secretaria Adjunta de Gestão Regional e Coordenadoria de Escolas Militares, organizar a realização de nova audiência pública ou outro processo análogo para a manifestação dos pais e estudantes.
Caso seja aprovada a militarização, a mãe disse que ira recorrer com uma denúncia formal ao Ministério da Educação (MEC) em Brasília. “Eu vou aonde for, mas eu vou lutar pelo direito da minha filha, porque ela não pode perder a escola. O coronel que falou durante a audiência foi enfático em dizer que quem não se enquadrasse no modelo, que saísse da escola. Educação é um direito de todos”, finalizou.
Fonte: gazetadigital.com.br