MÚSICA: Gil e Caetano relembram Gal até com camiseta temática no Festival de Verão Salvador

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Artistas entoaram ‘Divino Maravilhoso’, composta pelos dois, na homenagem, feita em meio a outros clássicos das carreiras

Caetano Veloso usa camiseta em homenagem a Gal Costa no Festival de Verão Salvador

Caetano Veloso e Gilberto Gil fizeram uma homenagem a Gal Costa, morta no ano passado, durante o Festival de Verão Salvador, neste sábado (28). A dupla cantou “Divino, Maravilhoso” no meio da apresentação de Gil, que recebeu o parceiro em seu show no evento.

“A gente compôs essa canção para ser cantada por Gal Costa”, disse Caetano, que abriu a camisa que estava vestindo, exibindo uma outra com o nome da cantora. “E a gente vai cantar em homenagem a grandeza dela, que não se acaba.”

Gil ainda disse que a amiga é “memoria que não nos deixa” antes da performance. A música, um dos clássicos dos tempos de tempos de tropicália do trio, foi cantada a plenos pulmões pela plateia, que estava cheia de pessoas cantando.

A dupla estava visivelmente emocionada, e Gil chegou a errar sua entrada na segunda estrofe, algo que ele corrigiu logo depois. O público gritou o nome de Gal Costa depois da performance.

Já com os ânimos exaltados, a plateia explodiu na faixa seguinte, “Odara”, com pessoas subindo nos ombros das outras e levantando as mãos para o alto -clima que se manteve em “Tieta”, tocada na sequência, numa espécie de apoteose. Foi o clímax do show mais celebrado do primeiro dia de Festival de Verão.

Antes disso, Gil já havia botado os baianos para cantar com seu repertório usual, recheado de sucessos. Ele puxou “Tempo Rei”, “Esotérico”, “Palco” e “Back in Bahia”, com a banda cheia de familirares que ele tem levado à estrada.

Um dos embaixadores do reggae no Brasil, Gil ainda cantou “A Novidade” e “Vamos Fugir”, ambas pesadamente influenciadas pela música da Jamaica. As músicas no ritmo, que no Brasil tem apelo especial na Bahia, teve alta aderência na plateia do Festival de Verão.

Gil descontraiu quando teve problemas técnicos durante a sua apresentação. Antes dele, a cantora Larissa Luz, que subiu ao palco com a ministra da Cultura Margareth Menezes, já tinha interrompido o show por problemas técnicos.

“O violão deu uma paradinha”, disse Gil. “Essas coisas, as energias correndo pelos fios… Às vezes os fios não chegam, né?”. Enquanto eram feitos os ajustes, a plateia começou a entoar gritos exaltando o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Já está lá. Ele [Lula] está lá”, Gil respondeu. “Tomara que possa trabalhar, tomara que deixem que ele trabalhe. Tomara que o povo brasileiro compreenda o fato interessante de que ele esteja substituindo uma turma que estava aí e não estava propriamente dando conta do recado”, afirmou ainda, em referência à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Gil puxou o começo de “Bahia de São Salvador”, do também baiano Dorival Caymmi, antes de chamar seu “mano Caetano” para cantar com ele. “Gilberto Gil, misterioso maravilhoso”, respondeu o amigo.

Com Caetano no palco, eles ainda apresentaram “Sem Samba Não Dá”, faixa do álbum “Meu Coco”, lançado há dois anos e já na boca da plateia, antes da homenagem a Gal Costa.

O show acabou com “Toda Menina Baiana”, cantada aos berros, tão alto que era difícil ouvir quem estava no palco. A plateia pulou em sincronia, com torcida de futebol, enquanto Caetano dançava e se exaltava como se ele próprio na plateia.

A dupla, dois oráculos da música baiana e brasileira, saiu do palco aos gritos de “mais um” –que não foram atendidos, dada a limitação de tempo do festival.

Fonte:  diariodecuiaba.com.br


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