Conforme noticiado pelo Olhar Digital, o asteroide 2023 BU vai passar muito perto da Terra por volta das 21h28 (pelo horário de Brasília) desta quinta-feira (26).
O evento será transmitido ao vivo por alguns dos mais conceituados canais astronômicos do YouTube, entre eles, o AstroNEOS, comandado pelo astrônomo amador Cristóvão Jacques, que fará uma live a partir das 20h.
Jacques é sócio fundador do Observatório SONEAR, na cidade de Oliveira (MG), de onde vai tentar capturar imagens da aproximação da rocha espacial, caso as condições meteorológicas sejam favoráveis.
Descoberto no último sábado (21) pelo fabricante de telescópios e astrônomo amador russo Gennady Borisov, o asteroide 2023 BU tem diâmetro estimado entre 3,7 m a 8,2 m e viaja a uma velocidade média de 32.400 km/h.
Ele vai chegar a cerca de 3.600 km do nosso planeta, mais ou menos a distância entre as cidades de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e Macapá, no Amapá. Por mais longe que pareça, em termos astronômicos isso não é quase nada.
Para se ter uma ideia de quão perto o 2023 BU passará da Terra, os satélites que acompanham a rotação do planeta (chamados geoestacionários) estão a cerca 36 mil km da superfície terrestre – sendo assim, a pequena rocha espacial estará a apenas 10% da distância usada por essas espaçonaves.
Conforme o guia astronômico e de céu nortuno The-Sky-Live, esses asteroides são monitorados muito de perto, por meio de observações de posição de alta precisão e mecânica celeste.
Felizmente, com base nos últimos cálculos de órbita de alta precisão realizados pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, confirma-se que a passagem próxima da Terra pelo asteroide 2023 BU não afetará o planeta em absolutamente nada.
Isso porque, mesmo considerando seu tamanho máximo, ele teria uma massa total em torno de 866 toneladas. Se atingisse a Terra, grande parte disso seria completamente consumida pela atmosfera, liberando uma energia equivalente a 9 mil toneladas de TNT (substância muito utilizada como explosivo militar e em demolições).
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“Geraria um belo meteoro, mas provavelmente não representaria risco algum em solo”, disse Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) e colunista do Olhar Digital. “Para efeitos de comparação, o asteroide que atingiu a Terra em Chelyabinsk, na Rússia, 10 anos atrás, explodiu com energia equivalente a 440 mil toneladas de TNT”
Fonte: olhardigital.com.br