Comunidades ouvidas ao longo dos 5 dias da expedição fluvial se manifestaram contra a construção de hidrelétricas no rio Cuiabá. Viagem foi encabeçada pelo deputado estadual Wilson Santos (PSD) e executada entre os dias 16 e 20 deste mês.
Em entrevista na tarde desta terça-feira (24), o parlamentar afirmou que foi unânime a decisão das populações ouvidas nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Acorizal, Barão de Melgaço, Santo Antônio de Leverger e Rosário Oeste contra a construção de hidrelétricas no rio.
A expedição se dá em um contexto no qual a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) disputa no Supremo Tribunal de Federal (STF) a manutenção de lei aprovada no Parlamento estadual que proíbe a construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) no rio Cuiabá.
“Hidrelétrica não. Foi unanimidade nas 10 reuniões das 10 comunidades ouvidas. Sugestão de um programa de repovoamento de peixes. Sugestões para mudança do atual período de defeso, para passar de 1 de novembro a fevereiro”, disse o deputado sobre as principais conclusões feitas a partir da expedição.
Durante coletiva sobre o tema, o parlamentar disse ainda que programa uma segunda expedição pelos 670km percorridos na primeira passagem durante o período de estiagem.
A ideia do movimento, segundo o deputado, é convocar o máximo de entidades, Poderes e o terceiro setor para se debruçarem sobre questões ambientais em torno do rio Cuiabá. Além da manifestação contrária à construção das PCHs, outra constatação feita durante a expedição foi sobre o despejo de esgoto sem tratamento no rio.
“Esgoto jogado a céu aberto, principalmente no perímetro urbano de Cuiabá e Várzea Grande. Deputado Botelho cobrou cumprimento do marco regulatório do saneamento básico. Deputado Carlos Avallone sugeriu unir o máximo de poderes, entidades, instituições, terceiro setor e população nesta causa do rio Cuiabá”, pontuou Wilson.
Fonte: gazetadigital.com.br