Apesar de ter viajado vários quilômetros para se deslocar a Mato Grosso em busca de votos para sua candidatura à presidência do Senado, o ex-ministro do Desenvolvimento Regional do governo Bolsoanro, Rogério Marinho (PL-RN), deixou o estado sem uma certeza de que terá o apoio desejado com a visita. Em breve passagem por Cuiabá, o parlamentar se reuniu com políticos no Palácio Paiaguás a fim de construir caminho que o conduza ao cargo.
Um deles era o do senador Jayme Campos (União Brasil), que, após horas de conversas com Marinho, deixou o encontro com um tom duvidoso se, de fato, abraçaria o projeto do recém-diplomado. Ao lado de Marinho, o parlamentar varzea-grandense firmou que consultoria a bancada do União Brasil antes de tomar qualquer decisão. Uma reunião, inclusive, foi marcada para o próximo dia 25 de janeiro.
Leia também – Em MT, ex-ministro defende moderação do STF e liberdade aos parlamentare“Nós teremos uma reunião da bancada no próximo dia 25, eu estarei presente. Eu tenho maior simpatia pelo Rogério Marinho, que é um exemplo de homem público, e, certamente, se encontra preparado para ser presidente do Congresso Nacional”, disse Jayme após se reunir com Marinho.
Em meio as movimentações, a “incerteza” acabou frustrando o encontro articulado pelo senador Wellington Fagundes (PL) na última quarta-feira (17).
O governador em exercício, Otaviano Pivetta (Republicanos), e a ex-ministra da Agricultura e senadora diplomada Tereza Cristina (PP-MS) também participaram da conversa. Marinho ainda deve buscar apoio de Carlos Fávaro (PSD) e Margareth Buzetti (PSD).
“Vamos continuar conversando aqui com o senador Jayme, vamos procurar o ministro Fávaro, procurar a sua suplente, a Margareth, dentro do papel que qualquer candidato necessariamente precisa fazer, de conversar com os pares, de expor quais são as nossas propostas, as nossas ideias, mas sobretudo a nossa preocupação para com o país”.
Na tentativa de ampliar o seu arco de aliança, Marinho já conta com o apoio de Valdemar Costa Neto (PL) e de alguns senadores bolsonaristas que irão assumir a nova legislatura. Contudo, para vencer a eleição do Senado, ele precisará derrubar a articulação de Rodrigo Pacheco (PSD), hoje favorito a renovar seu mandato na Mesa Diretora.
Os maiores partidos que apoiam a reeleição de Pacheco são PSD, ao qual é filiado, MDB e PT. O União Brasil, partido de Jayme, também ensaia apoiar o nome, o que pode influenciar diretamente no parlamentar. “Como homem de partido, eu tenho a obrigação de ouvir os demais pares para tomar uma decisão”, finalizou o Congressista.
Fonte: gazetadigital.com.br