MT: DUPLA EXECUÇÃO: Juíza decreta prisão preventiva de filho do deputado Carlos Bezerra

Titular da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá, a juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa decretou a prisão preventiva de Carlos Alberto Bezerra, de 57 anos.

Filho do deputado federal Carlos Bezerra (MDB), o empresário está preso, desde quarta-feira (18), quando matou, com seis tiros, a ex-namorada Thays Machado e o companheiro dela, William Cesar Moreno.

O crime aconteceu em um condomínio, durante o dia, no bairro Consil, em Cuiabá.

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A magistrada explicou que o modus operandi de Carlinhos Bezerra, como ele é conhecido, foi uma das circunstâncias que justificaram a conversão do flagrante para prisão preventiva.

Segundo Ana Graziela Corrêa, o empresário “matou duas pessoas sem pudor, nas proximidades de uma das avenidas mais movimentadas da cidade, perto do horário de pico e com tiros a esmo”.

Para ela, o criminoso acreditava que, em razão de sua posição na sociedade, ficaria impune.

“Em que pese as famílias cuiabanas ao longo de décadas terem consagrado o “é gente de quem” como forma de assegurar-se sobre a companhia de seus filho(a)s, neste caso, tristemente, a procedência familiar do custodiado não bastou para respaldar sua conduta moral. Gente de quem, não é, infelizmente, necessariamente sinônimo de gente de bem”, disse juíza.

Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa também citou a comoção gerada não só pela brutalidade do assassinato, mas pelo fato de Thays Machado ser servidora do Judiciário e ter atuado em uma das varas especializadas em violência doméstica e familiar contra a mulher, “deixando na sociedade, e principalmente nas mulheres, a certeza de que nenhuma está segura”.

A juíza alegou ainda que Carlinhos tentou fugir, sendo preso no município de Campo Verde (140 km ao Sul de Cuiabá), horas depois de cometer o crime, “evidenciando a nítida intenção de frustrar a aplicação das leis penais”.

Carlos Alberto Bezerra foi transferido, na noite dea quinta-feira, para a Penitenciária Central do Estado (PCE), onde ocupa cela especial por ter curso superior.

Fonte:    diariodecuiaba.com.br