Atualizada às 14h20 O Conselho do Ministério Público de Federal (MPF) manteve competência para que o õrgão investigue possíveis crimes de violência política de gênero e psicológica contra a mulher, efetuados contra a vereadora Professora Graciele (PT) de Sinop (500 KM ao norte de Cuiabá).
De acordo com o relator, procurador da República Carlos Frederico Santos, apesar da gravidade das denúncias, que colocariam a vida da vereador em perigo, e que exigiriam uma atuação rápida e enérgica do Poder Público para evitar uma escalada dos ataques, “não se verifica a existência de interesse federal a justificar a atuação do MPF no presente caso”. Contudo, o conselho derrubou o pedido e manteve a apuração na esféra federal.
“Atento ao que consta dos autos, voto pela atribuição do Ministério P Federal para prosseguir na persecução penal e consequente não homologação do de de atribuições ao Ministério Público Estadual. Devolvam-se os autos ao oficio originário para atuar no caso, adoção das medidas que entender pertinentes”, diz determinação do subprocurador Carlos Frederico Santos.
A denúncia encaminhada ao MPF, lembra que Graciele já teve seu carro riscado duas vezes e que precisou ir ao menos vezes na delegacia para registrar ocorrência, dentre elas, duas por ameaças de morte. A professora Graciele vem sendo hostilizada e atacada desde que assumiu o seu mandato de vereadora em 2021.
Os últimos ataques ocorreram em novembro do ano passado quando bolsonaristas criaram uma fake news contra a parlamentar e ocuparam a Câmara de Vereadores para xingá-la e vaiá-la. O grupo compareceu ao local após mensagens falsas com o nome da professora circularem em redes sociais, inclusive com fotos dela e de seu filho. O conteúdo dizia que Graciela havia protocolado um projeto de lei para que os manifestantes fossem retirados de áreas públicas da cidade.
Diante da repercussão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se solidarizou com a parlamentar e colocou a disposição a assessoria jurídica do PT para ajudá-la. O presidente estadual do PT, deputado Valdir Barranco, chegou a solicitar proteção policial para a vereadora, fato que não foi acatado.
Agora caberá ao MP estadual analisar as denúncias para decidir se abre ou não inquérito para investigar os ataques e ameaças contra a vereadora
Fonte: gazetadigital