Três ex-gestores da Saúde de Cuiabá negam que os dados divulgados pelo Gabinete de Intervenção, que apontam roubo financeiro de R$ 350 milhões. Em nota, os ex-secretários Suelen Aliend e Gilmar Cardoso, além do ex-diretor-geral da Empresa Cuiabana de Saúde (SCSP), Paulo Rós, afirmaram que vão divulgar um ‘levantamento criterioso’.
Segundo a nota, divulgada por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura de Cuiabá, os ex-gestores afirmaram que o relatório foi apresentado “de forma indiscriminada, sem apontamentos detalhados e com único objetivo de induzir a população ao erro”.
Por isso, devem divulgar nos próximos dias um documento com os ‘restos a pagar’ da Secretaria Municipal de Saúde e da Empresa Cuiabana de Saúde. “Um ato leviano, meramente midiático, ignorando deliberadamente, por exemplo, repasses do Teto MAC, processos em habilitação no Ministério da Saúde e dívidas do Governo do Estado com o município, restando uma clara conotação política”, explicaram os gestores.
Falta de médicos
Sobre a falta de efetivo médico nas unidades de saúde da cidade, já apontado anteriormente, Suellen e Gilmar afirmam que a situação “foge ao âmbito da administração”.
Foi ressaltado ainda que vários profissionais foram substituídos, conforme determinado pela Justiça. Há ainda casos de médicos exonerados por falta do processo seletivo.
“Foram realizados dois processos seletivos, mesmo assim, as vagas não foram preenchidas. Ato contínuo, a SMS convocou a realização de concurso público para ser realizado no final deste mês”.
Leia abaixo a nota da íntegra:
“Quanto à divulgação de Boletim sobre a medida interventiva, a Secretaria de Comunicação de Cuiabá entrou em contato com os ex-gestores da SMS, Suelen Alencar e Gilmar Cardoso e também com o ex-diretor geral da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), Paulo Rós, que se manifestaram:
– Os três ex-gestores refutaram com total veemência os números apresentados de forma indiscriminada sem apontamentos detalhados com o único intento de induzir a população a erro;
-Oportunamente, e comprometidos com a verdade, Suellen Alencar, Gilmar Cardoso e Paulo Rós, irão divulgar um levantamento criterioso sobre restos a pagar da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e da Empresa Cuiabana de Saúde Pública;
-Quanto à falta de médicos, Suellen Alencar e Gilmar citaram que, infelizmente, a situação possui como causa, uma série de eventos que fogem ao âmbito da administração. Elencaram que em cumprimento a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado com o Tribunal de Justiça, a Secretaria Municipal de Saúde, foi realizada a substituição de profissionais de saúde da rede contratados por profissionais que passaram no processo seletivo simplificado. Entre os exonerados, há muitos médicos que trabalhavam em unidades básicas de saúde. Foram realizados dois processos seletivos, mesmo assim as vagas não foram preenchidas. Ato contínuo, a SMS convocou a realização de concurso público a ser realizado no final deste mês;
-Por fim, Suellen, Gilmar e Paulo classificam a divulgação de dados como um relatório inverídico. Um ato leviano, meramente midiático, ignorando deliberadamente, por exemplo, repasses do Teto MAC, processos em habilitação no Ministério da Saúde e dívidas do Governo do Estado com a Saúde Municipal, restando evidente uma com clara conotação política;
– Previamente, já esclarecem que o repasse da Fonte 100, conforme previsto pela Lei Orçamentária Anual (LOA), se refere a pagamento de folha salarial da saúde municipal;
-Por responsabilidade pública, asseveram que o detalhamento contábil da SMS e ECSP será feito por meio de coletiva de imprensa visando restabelecer a verdade;
– Finalizaram se colocando à disposição dos órgãos de controle para fins de esclarecimentos em relação às informações notadamente equivocadas.” (Com informações da assessoria de imprensa)
Fonte: gazetadigital