RETROSPECTIVA: Justiça conclui em 2022 julgamentos de assassinos de casos ‘famosos’

RETROSPECTIVA: Justiça conclui em 2022 julgamentos de assassinos de casos ‘famosos’
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Em 2022, casos de homicídios de grande repercussão tiveram seus julgamentos concluídos. Mandantes e executores de assassinatos como o de Toni Flor, tenente Scheifer e Maiana Mariano foram condenados à prisão. A maioria das sentenças ocorreu por meio do Tribunal do Júri e alguns dos casos aguardavam conclusão há mais de 10 anos.

Em março deste ano, Aldirene da Silva Santana, 29, foi condenada a 10 anos de prisão por matar a facadas Fernanda Souza Silva, 23. Ela foi submetida a júri popular no Dia da Mulher (8) em Rondonópolis (215 km ao Sul). O homicídio aconteceu em fevereiro de 2019, na quitinete em que morava. O crime ocorreu por motivo fútil, devido ao ciúme que a ré nutria da então amiga.

Ainda em março houve o julgamento de um caso que já se arrastava há 5 anos. O policial militar Lucélio Gomes Jacinto foi condenado a 20 anos de prisão pela morte do tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Carlos Henrique Scheifer. Outros dois acusados de participarem do assassinato, os militares Joailton Lopes de Amorim e Werney Cavalcante Jovino, foram absolvidos.

O julgamento ocorreu pela 11ª Vara de Justiça Militar. Scheifer foi morto aos 27 anos com um tiro de fuzil que o atingiu no abdômen, durante operação no distrito de União do Norte, em Matupá (700 km de Cuiabá). Os policiais estavam em busca de criminosos da quadrilha de assalto a banco, na modalidade “novo cangaço”.

Já no mês de abril houve a condenação de Adevanir Ferreira da Silva a 42 e 8 meses de prisão em regime fechado por matar a idosa Salvina dos Santos Vidal,74, mãe do vereador por Cuiabá, Sargento Vidal (MDB). O julgamento durou mais de 10 horas.

O crime ocorreu em março de 2020, em Lucas do Rio Verde. A idosa fazia caminhada próximo a sua casa, quando foi atacada pelo acusado. O corpo foi achado horas depois, em um terreno baldio. Salvina estava com marcas de ferimentos e sem roupas.

Em junho deste ano, o estudante de odontologia Giovani Eduardo Aniceto, 24, foi condenado a 27 anos de prisão pelo homicídio de Dennilla Cris Dantas Barbosa, 19, ocorrido em junho de 2021.

O réu, natural de Fortaleza (CE), conheceu a vítima pela internet. Os dois mantiveram um relacionamento à distância, mas Dennilla acabou terminando o namoro. Ele confessou à polícia que veio para Mato Grosso para conversar com a vítima e entender o motivo do término. Ele teria matado Dennila após ver mensagens dela com outra pessoa no computador.

Ainda em junho houve a condenação de Carlos Alexandre da Silva a 16 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, pelo assassinato da adolescente Maiana Mariano – com 15 anos à época. O crime aconteceu em 2011, em Cuiabá.

Carlos foi um dos executores do crime. Os restos mortais da adolescente só foram encontrados no dia 25 de maio de 2012, enterrados em uma chácara na região da Ponte de Ferro, no Coxipó do Ouro.

Em julho, o Tribunal do Júri de Cuiabá condenou Izomauro Alves Andrade a 22 anos e 4 meses de prisão em regime inicialmente fechado pela morte e ocultação de cadáver da estudante de direito Lucimar Fernandes Aragão, à época com 41 anos.

O crime ocorreu em maio de 2020 e o réu convivia com a mulher há aproximadamente 2 anos. A relação do casal sempre foi conflituosa. Um mês antes do crime, em 13 de abril de 2020, Izomauro foi preso em flagrante por ter agredido Lucimar. No entanto, a prisão foi convertida em preventiva e revogada no mesmo dia.

No mês de agosto houve a condenação de Jackson Furlan a 16 anos de prisão pelo assassinato da agrônoma Júlia de Souza Barbosa, ocorrido em novembro de 2019. A paranaense estava a passeio em Mato Grosso para visitar o namorado. O réu atirou contra a vítima após se irritar com a velocidade com que o namorado da engenheira dirigia o carro. A polícia afirmou que o suspeito estava bêbado quando viu o casal passar por uma das vias da cidade. Após perseguir os namorados, Jackson baixou o vidro do carro e atirou contra o outro veículo, acertando a lateral da cabeça da paranaense.

Outro caso de grande repercussão foi o homicídio do empresário Toni Flor, ocorrido em agosto de 2020. Em outubro deste ano a viúva dele, Ana Claudia de Souza Oliveira Flor, foi condenada a 18 anos de prisão, em regime fechado, por mandar matar seu marido. O julgamento durou mais de 17 horas.

Durante o julgamento foram ouvidas testemunhas como o delegado que investigou o caso, a irmã de Toni Flor e também a mãe da vítima, Leonice da Silva Flor. Ela relatou que Toni e Ana viviam “como um casal normal”, mas também brigavam constantemente. Quando o filho lhe disse que pensava em se separar, Leonice afirmou ter dito para que tomasse cuidado, pois Ana “era perigosa”.

Também em outubro houve a condenação pecuarista Celzair Ferreira de Santana, 57, que atropelou e matou os irmãos Katherine Louise Bittencourt e Diego Guimarães Bittencourt, de 19 e 14 anos, em novembro de 2007 em Poconé. Ele foi condenado a 7 anos e 10 meses de prisão em regime semiaberto.

O caso emblemático teve o julgamento transferido para a Capital a pedido da defesa do réu, depois de ser adiado por 4 vezes. A mãe dos jovens, Rosinéia Guimarães, acompanhou o julgamento e se indignou com a sentença. Ela disse ao gazetadigital “como posso aceitar? Então pode matar no trânsito? Outras mães vão continuar perdendo seus filhos e fica por isso mesmo?”.

No mesmo mês houve a condenação de Antônio Pereira Rodrigues Neto e da falsa médica Yana Fois Coelho Alvarenga a 21 anos e 4 meses de prisão em regime fechado pelo homicídio do ex-prefeito de Colniza, Esvandir Antônio Mendes. O julgamento no Tribunal do Júri de Juara (709 km a Médio-Norte) durou três dias.

No dia do crime, em dezembro de 2017, os bandidos abordaram o prefeito Esvandir dentro do seu um veículo, Toyota SW4 preta, a cerca de 7 quilômetros da entrada de Colniza. Ele estava acompanhado da primeira-dama, Rosemeire Costa, e do secretário municipal de Finanças, Admilson Ferreira dos Santos, quando os bandidos se aproximaram e dispararam contra eles.

No mês de novembro o Tribunal do Júri condenou Alan Patrik Shuller e Wesdra Victor Galvão a 12 e 13 anos de prisão, respectivamente, pela morte do policial militar Roberto Rodrigues de Souza, ocorrida em julho de 2021. O julgamento durou quase 9h.

Roberto morreu aos 31 anos e deixou 3 filhos. Ele teve um desentendimento com os suspeitos no banheiro de uma conveniência em Várzea Grande. A briga continuou do lado de fora, onde o militar foi agredido e, no chão, continuou sendo golpeado pelos suspeitos. Eles fugiram sem prestar socorro. Câmeras de segurança registraram a briga.

Fonte: gazetadigital


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