Vídeos no TikTok, jogos de apostas e ‘paquera’ motivaram mortes a mando do Comando Vermelho

Vídeos no TikTok, jogos de apostas e ‘paquera’ motivaram mortes a mando do Comando Vermelho
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Crimes cometidos facções criminosas com ramificação em Mato Grosso assustaram a população, especialmente no norte do Estado. A ‘guerra de facções, envolvendo membros do Comando Vermelho e do Primeiro Comando da Capital (PCC) vitimou pessoas ligadas ao tráfico de drogas, trabalhadores de outras regiões do país e até mesmo quem sequer tinha ligação com o crime. Relembre abaixo alguns casos registrados ao longo do ano.

 

Soldado do Exército

Thiago de Almeida, 19, foi assassinado em 23 de janeiro, em uma praça da cidade de Cáceres, por 5 homens que chegaram em um carro. Vítima foi atingida por tiros de calibre 9mm.

 

Dias depois, a polícia fez uma operação e prendeu 11 membros das duas facções, após uma série de mensagens ameaçadoras em redes sociais. Grupos e pontos críticos da cidade foram alvos da ação.

 

Entre os alvos estava Jailson Buck Rodrigues, 30. Ele era um dos líderes do CV de Cáceres. Preso, ele foi morto meses depois na cadeia pública.

 

Sinal de ‘3’ no Tik Tok

No dia 15 de abril, a jovem Elen Nascimento da Silva, 21, foi sequestrada e morta por membros do CV, após ser flagrada fazendo o sinal de ‘3’ em um vídeo do Tik Tok. Conforme os criminosos, o símbolo pertence ao PCC.

 

O delegado contou à reportagem, na época, que a menina já tinha feito o mesmo sinal e na primeira vez, foi apenas alertada pelos faccionados. Mas, ela voltou a fazer o sinal em vídeo, que foi apagado logo em seguida.

Só que deu tempo para os criminosos verem as imagens. Ela foi sequestrada, agredida e morta. O corpo foi encontrado amarrado em uma estrada, na zona rural de Brasnorte, com marcas de tiros pelo corpo. Polícia prendeu 4 pessoa sem flagrante.

Professor morto com 14 tiros

Em 8 de maio, professor de Educação Física, Jefferson Sales Pereira da Silva, 40, foi morto com ao menos 14 tiros de pistola 9mm, no Centro de Dom Aquino. Ele já tinha alertado que estava sendo ameaçado pelo CV por trabalhar com apostas esportivas sem ‘pagar taxa’ à facção.

No dia do crime, ele estava na porta da casa de um colega quando foi abordado por dois homens em uma motocicleta. Um dos ocupantes perguntou se era ele que ‘mexia com jogo de apostas’. Ao responder que sim, Jefferson recebeu vários tiros.

Testemunha contou que, minutos antes de ser morto, o professor revelou as ameaças do CV. A facção queria que ele pagasse uma taxa para explorar o trabalho. Ninguém foi preso pelo crime.

Morto na frente da mãe

Renildo da Silva, 22, foi morto em 26 de agosto, em Sinop, por membros do CV. Segundo a facção, ele teria se interessado pela mulher de um dos faccionados. Ao menos 4 homens foram até a casa do menor, aplicaram o ‘salve’ e foram embora.

Mas, cerca de 1h depois, o grupo voltou e o matou com tiros na cabeça. O crime foi presenciado pela mãe dele.

Irmãos mortos

Em 20 de agosto, os irmãos Maycon e Jony Santos, de 20 e 23 anos, foram assassinados no meio da rua, em Tangará da Serra. Três membros do CV foram presos, em 7 de agosto, pelo crime.

O trio preso ainda era suspeito de 4 tentativas de homicídios que aconteceram durante a semana da prisão na cidade. Alguns já tinham passagens criminais, inclusive por homicídio.

Primos enterrados

Após 5 dias desaparecidos, a polícia encontrou os corpos dos primos Matheus e Luis Felipe Guedes, 18 e 19 anos, enterrados perto de uma fazenda, na zona rural de Primavera do Leste, em 26 de outubro.

Os primos foram vistos pela última vez no dia 21, depois pararam de atender telefonemas e responder mensagens. Eles estavam há pouco tempo na cidade, eram moradores de Uberaba (MG) e procuravam trabalho em Primavera. Vítimas tinham marcas de agressões e de tiros.

 

 

 

 

Fonte: www.gazetadigital.com.br


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