Em meio a uma nova crescente dos números da covid-19, Mato Grosso conta atualmente com quase 3 vezes menos Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) se comparado com um dos períodos mais críticos da pandemia, quando registrou 128 mortes em abril de 2021.
Nesta sexta-feira (21), de acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Mato Grosso tem 207 UTIs para adultos pactuadas. Em abril de 2021, o estado chegou a contabilizar 573 leitos
A pactuação de leitos envolve o cofinanciamento destas unidades, que recebem recursos tanto do Estado quanto do Município onde as UTIs estão instaladas. Ao longo do último ano, o avanço da covid-19 provocou a abertura de diversas novas unidades frente à demanda acelerada de infectados.
Contudo, conforme os números se estabilizavam, o financiamento das UTIs foi sendo gradualmente suspenso. Exemplo dessas suspensões no cofinanciamento foi registrado em setembro, quando a SES notificou 5 cidades sobre o bloqueio dos recursos de 100 leitos devido ao fato de a taxa de ocupação geral ter recuado para a casa dos 50%.
Naquele contexto, o Estado justificou que a suspensão se dava pela queda na demanda e no alto custo de manutenção deste tipo de unidade. Contudo, após as festividades de virada de ano, em que em alguns municípios houve inclusive a realização de shows, os números relativos à doença voltaram a crescer.
Para frear o avanço da pandemia, o Estado voltou a pactuar novos leitos de UTIs. Nesta semana, o governo estadual abriu 10 novas unidades no Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, e outras 10 no Hospital São Lucas, em Primavera do Leste.
Menos guarnecido em número de leitos, Mato Grosso contabilizou nesta sexta-feira 4.767 novos contágios e 16 mortes em 24 horas. As taxas diárias de contágios voltaram a crescer após meses de estabilidade. Ao todo, o estado já registrou 594.311 casos, sendo que em 555.831 ocorrências as pessoas se curaram e outras 14.179 morreram.
A reportagem contatou a SES sobre as novas medidas adotadas pela pasta referente à alta dos números da pandemia. Contudo, não houve resposta sobre a demanda até a publicação da matéria. O espaço segue aberto para manifestação.
Fonte: gazetadigital.com