Átila Melo foi preso pela Polícia Federal na tarde desta quarta (28), em São Gonçalo. Ele é suspeito de participar de atos de vandalismo em Brasília
A esposa do pastor Átila Reginaldo Franco de Melo, de 41 anos, preso na tarde de quarta-feira (28) pela Polícia Federal, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, pediu em uma publicação nas redes sociais que o presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifeste em relação as prisões de seguidores após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Atila foi preso na Operação Nero suspeito de participar de atos de vandalismo e tentar invadir a um prédio da PF, em Brasília, no dia 12 de dezembro.
“Cadê você, Bolsonaro? Se posiciona Bolsonaro. O seu povo está perecendo. O seu povo está sendo perseguido. O seu povo está sendo preso por lutar pela causa do Brasil. Cadê você, Bolsonaro? Cadê a sua caneta? Agora é a hora de usar sua caneta, Bolsonaro”, disse Carina Mello, em vídeo logo após a prisão do marido.
Assista:
Nas redes sociais, Átila se apresenta como como pastor e “patrióta”. O pastor bolsonarista teria passado dias no acampamento em frente ao Comando Militar do Leste, no Centro do Rio, e é suspeito de ter participato de atos antidemocráticos em Brasília.
A investigação
Segundo a PF, “o conjunto da investigação buscou identificar e individualizar as condutas dos suspeitos de depredar bens públicos e particulares, fornecer recursos para os atos criminosos ou, ainda, incitar a prática de vandalismo”.
Os crimes investigados na operação são de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, de acordo com a polícia. As penas máximas somadas podem chegar a até 34 anos de prisão.
Ao todo, a polícia cumpre 32 ordens judiciais de busca e apreensão expedidas pelo Supremo Tribunal Federal. Veja quais são os estados onde a operação acontece:
- Rondônia
- Pará
- Mato Grosso
- Tocantins
- Ceará
- São Paulo
- Rio de Janeiro.
Entre os alvos, estão bolsonaristas que frequentavam manifestações antidemocráticas no Quartel-General do Exército, em Brasília. Até o momento, pelo menos três pessoas já foram presas:
- Klio Damião Hirano
- Átila Mello
- Joel Pires Santana
Ricardo Yukio Aoyama, de 33 anos, foi alvo de busca e apreensão da polícia, em Rondônia, mas não chegou a ser preso. Ele não estava na residência, portanto, é considerado foragido da Justiça.
Outro bolsonarista que é alvo da operação e é procurado em todo país, segundo a polícia, é Alan Diego dos Santos Rodrigues, de 32 anos, suspeito de participar da tentativa de atentado perto do Aeroporto de Brasília, no último sábado (24/12).
Um outro suspeito que não teve o nome divulgado pela polícia também está foragido. O homem estava em um hotel de Brasília, mas não foi encontrado pelos agentes.
Nas redes sociais, Flávio Dino, o futuro ministro da Justiça, comentou a operação.
“As ações policiais em curso visam garantir o Estado de Direito, na dimensão fundamental da proteção à vida e ao patrimônio. Motivos políticos não legitimam incêndios criminosos, ataques à sede da Polícia Federal, depredações, bombas. Liberdade de expressão não abrange terrorismo”, disse.
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Fonte: ultimosegundo.ig.com.br