Nessas atividades, estudantes da Escola Estadual Antônio Epaminondas, no Bairro Baú, produziram cartazes e banners contra o trabalho análogo à escravidão
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a escravidão contemporânea consiste em qualquer trabalho ou serviço requerido de um indivíduo sob ameaça de qualquer penalidade e para o qual essa vítima não seja voluntária. Uma prática vista no cotidiano, tanto da zona urbana quanto da rural. Foi com foco nessa realidade que escola encerrou o projeto “Escravo, nem pensar”, trazendo para a comunidade uma série de apresentações que estimula o debate sobre o tema.
Entre as ações desenvolvidas em dezembro, estão a socialização dos resultados do projeto e a distribuição de dicionário bilíngue (português/inglês) sob a orientação dos professores da Área de Linguagens, Jackson Regis e Miriam Ferreti. Um dos momentos de maior envolvimento dos estudantes, foi durante a apresentação de filmes seguida de rodas de conversas coordenadas pelas professoras Rita de Cássia e Ananda, com mediação do professor Matheus.
O contato físico com materiais produzidos, como cartazes, banners, e lapbooks – coordenado pela professora de Geografia Dayane Godoi – valorizou as experiências sensoriais relacionadas a trabalho forçado, jornadas exaustivas, servidão por dívidas com os patrões e condições degradantes. “Foi uma experiência única”, disse a professora Eliane Rodrigues, que promoveu a distribuição de cartilhas contendo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Para o professor Jackson Régis, que coordenou o projeto, todo o contexto ressaltou a importância da temática como instrumento de reflexão sobre a exploração do homem pelo homem, ainda tão presente nas relações de trabalho. “Fomentar o combate a essas ações, constitui parte significativa da formação integral dos estudantes com foco no desenvolvimento de habilidades necessárias a participação e intervenção social”, assinalou.
De acordo com o educador, o desenvolvimento das ações pedagógicas relativas ao projeto foi realizado de forma interdisciplinar. Com isso, foi possível a participação de todos os estudantes e professores. “Nosso foco foi para que os alunos compreendessem o trabalho análogo à escravidão. Com isso, possibilitou ampliar o conhecimento nas diversas formas em que se apresentam. Certamente, serão difusores da proteção à vida e a dignidade humana”, assegurou.
Rui Matos Seduc-MT
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