O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), encaminhou documento ao Ministério Público Federal (MPF) apontando novos indícios de possíveis irregularidades no contrato entre o governo do Estado e a empresa Nova Engevix, responsável pela implantação do Bus Rapid Transit (BRT), na Capital e em Várzea Grande.
O gestor, que defende a conclusão das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), indica que houve “conluio” entre as empresas que participaram do processo de licitação, o que caracteriza a prática de grupo econômico.
Leia também – Deputados de MT planejam aumento do próprio salário
O documento, assinado em 17 de novembro, tem o objetivo de reforçar a denúncia feita por Emanuel no início de setembro de 2022. Na ocasião, o gestor explicou que os consórcios Paulitec e Nova Engevix (únicas concorrentes no contrato de licitação do BRT), não poderiam participar do processo licitatório por fazer parte do mesmo grupo econômico.
O contrato foi vencido em março pela Engevix que ofereceu R$ 468 milhões, R$ 500 mil a menos que a rival. No novo procedimento, encaminhado à procuradora da República Valeria Etgeton de Siqueira, Emanuel aponta que o gerente de Contratos e Obras da Nova Engevix, identificado como G.G.C., desde maio de 2022, ocupou cargo similar na Paulitec entre setembro de 2017 a maio deste ano.
De acordo com Emanuel, a data do início e do fim dos vínculos empregatícios do gerente evidenciam que durante a fase licitatória o gerente pertencia aos quadros da Paulitec e, depois do término do certame, passou a integrar os quadros da Nova Engevix.
Outro lado
Procurada, a assessoria de imprensa da Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra) disse que não irá comentar o fato.
Já a Engevix disse que não emitirá comunicado sobre o fato. Ao Jornal A Gazeta, a empresa informou que está de férias coletivas e garantiu que as obras vão começar em março, conforme foi estipulado pelo consórcio.
Leia mais sobre Política na edição do Jornal A Gazeta
Fonte: gazetadigital.com.br