Para cientistas, ambientalistas e especialistas, decisão de Lula confirma a prioridade do meio ambiente em seu governo, tal como anunciou na COP27
A decisão do presidente eleito Lula (PT) de indicar a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) para ser ministra do Meio Ambiente traz alívio para ambientalistas, especialistas e servidores do setor. A indicação é reivindicada desde que Lula começou a formar seu ministério. “A nomeação de Marina daria um choque necessário no crime ambiental, e seria um gol de placa para as relações internacionais de seu governo, porque mostraria o tamanho da sua disposição em mudar”, defende a organização ClimaInfo.
A apreensão antes do anúncio da decisão era grande Tanto que comentários com a hashtag #TemQueSerMarina dominaram o Twitter. Para se ter uma ideia, o Observatório do Clima chegou a pedir, publicamente, respeito com Marina e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), “mulheres que lhe ajudaram a ganhar a eleição”. Isso porque uma delas deveria ficar com a pasta. E também com compromissos assumidos por Lula no Egito logo após o segundo turno, na Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, a COP27.
Marina deverá recompor estrutura ambiental dilacerada por Bolsonaro
Com a decisão, o presidente eleito Lula desistiu de convencê-la a assumir o cargo de autoridade climática e nomear a senadora Simone Tebet para a pasta do Meio Ambiente. Tebet estava à disposição para ocupá-la, mas desde que houvesse acordo com Marina, que se manteve firme.
Havia entre os servidores da área a preocupação com a possibilidade de Marina ficar de fora. Para os trabalhadores do Ibama, Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio) e outros órgãos, além do próprio Ministério do Meio Ambiente, ela está comprometida em recompor a aperfeiçoar a estrutura dilacerada pelo governo bolsonarista. É o caso de trazer de volta o Instituto Florestal Brasileiro, que foi transferido do Meio Ambiente para a Agricultura e Pecuária.
Fonte: redebrasilatual.com.br