DESVIO DE DROGAS: Policial que estava foragido há 14 dias se entrega em delegacia

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Antônio Mamedes é acusado de integrar quadrilha que furtava e vendia entorpecentes apreendidos

O policial civil e suplente de vereador em Cáceres, Antônio Mamedes Pinto de Miranda (detalhe)

O investigador e suplente de vereador em Cáceres, Antônio Mamedes Pinto de Miranda, se entregou à Polícia Civil na tarde desta terça-feira (20). Ele é acusado de integrar uma quadrilha que furtava e comercializava drogas apreendidas na região da fronteira.

A informação foi repassada pelo advogado do policial, Everaldo Filgueira. Segundo ele, Mamedes foi apresentado na Delegacia de Cáceres pelo advogado Thiago Furlanetto.

O policial estava foragido desde o dia 7 de setembro, quando a Polícia Civil deflagrou a Operação Efialtes. Ele foi o último acusado de envolvimento no esquema a ser preso.

De acordo com Filgueira, Mamedes já tinha viajado para Sorriso na época, pois estaria fazendo um tratamento de saúde

A Operação

Realizada na primeira semana de dezembro, em Cáceres, a operação mirava um grupo composto por policiais civis, traficantes e doleiros. Na ação, os policiais conseguiram apreender R$ 131,8 mil em espécie e prender 38 pessoas no Município.

A investigação, realizada pela Corregedoria da Polícia Civil, apurou que eles violavam lacres da embalagem e trocavam o entorpecente apreendido por areia, gesso e outros materiais. Em seguida, a droga era comercializada.

Além de Mamedes, foram alvos da operação os investigadores Ariovaldo Marques de Aguiar, Sérgio Amancio da Cruz, Luismar Castrillon Ramos e Paulo Sérgio Gonçalves Alonso.

O furto das drogas foi constatado em abril de 2022, durante uma incineração de drogas realizada pela Defron (Delegacia Especializada da Fronteira), em Cáceres.

Foi então determinada a investigação na Defron e na Delegacia Municipal de Cáceres, onde eram armazenadas as drogas apreendidas.

Conforme a Polícia Civil, o inquérito apurou que o grupo atuava pelo menos desde 2015 nesse esquema, tendo substituído cerca de 1 tonelada de drogas.

Em um ano, os doleiros, através de empresas e pessoas físicas, conseguiram lavar cerca de R$ 100 milhões da venda dessas drogas furtadas dos armazéns.

Fonte: midianews


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