Expectativa é de que o próximo anúncio ministerial inclua Nísia Trindade para Saúde e o procurador da Fazenda Nacional Jorge Rodrigo Araújo Messias para a AGU (Advocacia-Geral da União)
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador do Ceará Camilo Santana (PT) tiveram nova conversa sobre a escolha do novo ministro da Educação.
De acordo com relatos feitos à CNN por interlocutores dos petistas, Camilo deixou claro que o nome do Ceará para o governo federal é o dele.
O ex-governador cearense disputa a indicação para a pasta com a atual governadora do Ceará, Izolda Cela, que é afilhada política dele.
Após a conversa com Lula, o nome de Camilo cresceu na bolsa de apostas para o Ministério da Educação.
Camilo foi eleito ao Senado Federal para os próximos oito anos e havia uma pré-disposição do governo de transição de evitar a promoção de senadores para ministro para impedir o esvaziamento da futura base aliada na Casa Legislativa.
Na corrida por um ministério, Izolda Cela esteve pessoalmente na cerimônia de diplomação de Lula, realizada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na última segunda-feira (12).
Com a expectativa de escolha de Camilo, Izolda deve ser nomeada como secretária de educação básica do Ministério da Educação.
Além de Camilo, devem ser anunciados para a nova equipe ministerial nos próximos dias o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) para Relações Institucionais, a pesquisadora e socióloga Nísia Trindade para a Saúde e o procurador da Fazenda Nacional Jorge Rodrigo Araújo Messias para a AGU (Advocacia-Geral da União).
Na tentativa de ter mais mulheres na equipe ministerial, integrantes da equipe de transição afirmam que a ex-presidente da Caixa Maria Fernanda Coelho é nome forte para Desenvolvimento Agrário, pasta que voltaria a existir no novo governo.
Na avaliação de um dirigente petista, isso ajudaria a resolver o espaço feminino no primeiro escalão, uma vez que Izolda não ficaria mais com a Educação com a nomeação de Camilo.
A composição da nova Esplanada dos Ministérios também gerou divisões em partidos como MDB e União Brasil.
O primeiro queria ocupar duas pastas, com um nome indicado pela bancada do partido na Câmara dos Deputados e o outro pela bancada do Senado Federal.
Lula, no entanto, tem pedido ao partido para incluir em uma das duas vagas a senadora Simone Tebet (MDB-MS), o que não é consenso na legenda, já que a intenção é de que a bancada federal no Senado Federal indicasse o nome do senador eleito Renan Filho (MDB-AL).
No União Brasil, a bancada do partido no Senado Federal tem preferência pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), mas a da Câmara dos Deputados quer Elmar Nascimento (União Brasil-BA), com o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Veja os principais cotados para o próximo anúncio ministerial:
Educação
- Camilo Santana (senador eleito pelo PT no Ceará)
AGU
- Jorge Rodrigo Araújo Messias (procurador da Fazenda Nacional)
Saúde
- Nísia Trindade (presidente da Fiocruz)
Relações Institucionais
- Alexandre Padilha (deputado federal pelo PT em São Paulo)
Desenvolvimento Agrário
- Maria Fernanda Coelho (ex-presidente da Caixa)
Fonte: cnnbrasil.com.br