EM RONDONÓPOLIS: Investigação sobre crimes patrimoniais deixa 323 presos

EM RONDONÓPOLIS: Investigação sobre crimes patrimoniais deixa 323 presos
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Um dos destaques foi a Operação Grãos de Areia, que identificou uma organização criminosa com 32 integrantes

Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis (Derf)

A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis (Derf) concluiu o ano de trabalho com um saldo de 323 prisões de investigados por crimes como roubos, furtos, estelionato, tráfico de drogas e associação criminosa.

O trabalho da unidade especializada é resultado de 25 operações realizadas ao longo deste ano para apurar crimes patrimoniais e de tráfico de entorpecentes ocorridos na maior cidade do interior de Mato Grosso. As ações e operações resultaram em 225 prisões em flagrante e outras 98 preventivas decorrentes de mandados judiciais.

A Derf de Rondonópolis também encerrou o ano com a instauração de 628 inquéritos policiais e a conclusão de 608.

Entre as operações realizadas pela Derf, o destaque deste ano foi a Grãos de Areia, que desarticulou uma organização criminosa composta por 32 integrantes que praticou crimes como furto qualificado, estelionato, fraude e associação criminosa para adulteração de cargas de soja e milho.

Soja e milho por areia 

A Operação Grãos de Areia, deflagrada em julho deste ano, desvendou um esquema de furto e adulteração dos grãos, que eram misturados ou substituídos por areia e seriam exportados de Mato Grosso para a China.

A investigação, conduzida pela Derf Rondonópolis, com apoio da GCCO, identificou que o grupo criminoso vinha atuando em Rondonópolis desde 2020 no furto e adulteração de cargas de soja e farelo de soja , tendo como vítima o terminal ferroviário de cargas, principal polo de infraestrutura logística de Mato Grosso e responsável pelo escoamento de boa parte da safra estadual.

O grupo atuava como uma máfia, com funções bem definidas entre os integrantes que eram empresários do ramo de transporte e comércio de grãos, agenciadores, motoristas de caminhão e funcionários da empresa vítima.

A organização criminosa desviou, aproximadamente, nove mil toneladas de soja e farelo de soja no período investigado, de janeiro a março de 2021, o que corresponde a um valor estimado de R$ 22,5 milhões em produto subtraído em apenas três meses.

Titular da Derf, o delegado Santiago Rozendo Sanches, destaca o empenho das equipes da unidade na investigação, que resultou em um inquérito com mais de 4 mil páginas, no indiciamento de 32 pessoas e a desarticulação do grupo criminoso. “Foram 88 ordens com prisões, buscas e sequestro de bens que resultaram em 22 veículos apreendidos e mais de R$ 3 milhões bloqueados”, explicou.

A maioria da mercadoria desviada e adulterada tinha como destino o terminal de cargo ferroviário da cidade Rondonópolis, operado pela empresa vítima, com média de 1.500 caminhões descarregados por dia. Os criminosos se aproveitavam da grande quantidade de grãos transportados pelo terminal de cargas para a consumação dos crimes. “Após a descarga dos vagões de trem e a mistura do produto, é difícil constatar que se trata de material adulterado”, acrescentou o delegado.

A Polícia Civil apurou que líder do grupo, preso na operação, comprou, em três meses, areia suficiente para construir um prédio de 30 andares, mesmo não atuando no ramo da construção civil.

No momento da deflagração da operação, a organização criminosa estava em pleno funcionamento. Nas buscas em empresas foi apreendido um caminhão bitrem, com farelo de soja, cuja carga havia acabado de ser adulterada com areia. A perícia realizada atestou uma quantidade de areia 43 vezes acima do que é tolerado na carga.

Fonte: midianeews


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