Suplente do senador Carlos Fávaro (PSD), a empresária Margareth Buzetti negou já ter sido “bolsonarista de carteirinha”. Com atuação forte na campanha para Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano, Buzetti agoratenta se distanciar do atual presidente. Caso Fávaro assuma o Ministério da Agricultura no próximo governo de Lula (PT), Buzetti se tornaria senadora, o que preocupa o PT.
A empresária compareceu à cerimônia de diplomação dos candidatos de Mato Grosso eleitos nas eleições de 2022, que ocorreu na noite desta quinta-feira (15). Ela afirmou que apoiou Bolsonaro porque acreditava, no momento, que era o melhor, mas agora o cenário mudou.
“Quando foi para tomar uma decisão, eu tomei, decidi por um lado, agora o Lula é o presidente, eu nunca fui bolsonarista de carteirinha, certo? Nunca fui radical e nunca vou ser radical para lado nenhum”.
Buzetti participou de vários atos de campanha para Bolsonaro em Mato Grosso, muitos ao lado da primeira-dama Virgínia Mendes, que junto com governador Mauro Mendes, se emprenharam, e tiveram sucesso, em conseguir mais votos para o atual presidente no Estado.
Agora, diferente de muitos bolsonaristas a empresária defende que o resultado das eleições seja respeitado. Também disse que apesar de ter pedido votos para Bolsonaro, crê que o melhor para o Brasil é torcer para que o novo governo dê certo.
“Pedi votos para o presidente Bolsonaro e agora nós temos outra realidade, nós temos que sentar com o presidente, conversar com o presidente e torcer para que o Brasil dê certo […] Eu sempre fui uma pessoa crítica, fui crítica do Bolsonaro em vários momentos, você precisa fazer a crítica até para que o Governo acerte, penso assim”.
Mudança de partido
Margareth Buzetti confirmou que combinou com o presidente do PSD nacional, Gilberto Kassab, que se Carlos Fávaro sair para compor o novo governo ela irá se filiar ao partido. Sobre a possibilidade de ser base do presidente Lula no Senado, a empresária apenas disse que votará em projetos que beneficiam o Brasil.
“Não sei como o PSB vai ser, se da base ou não, né? Mas eu acho que agora nós precisamos torcer para que o governo acerte, para que dê tudo certo. Eu sempre digo que eu voto em projeto, não em pessoas e partidos, em bons projetos para Mato Grosso, para o Brasil principalmente”.
Uma das pautas que defenderá é a diminuição dos gastos públicos e reforma administrativa antes da reforma tributária.
“Reforma tributária, antes de uma reforma administrativa, só servirá para aumentar imposto […] É preciso enxugar os gastos públicos, o que a gente faz em casa? O que uma dona de casa faz com o orçamento dela?”.
Fonte: gazetadigital