Ataques de bases russas com drones: nova estratégia da Ucrânia contra bombardeios a infraestruturas?

Ataques de bases russas com drones: nova estratégia da Ucrânia contra bombardeios a infraestruturas?
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Nos últimos meses, várias bases militares, depósitos de combustível e munição russos foram alvo de ataques de drones atribuídos por Moscou às forças ucranianas. Nesta terça-feira (6), um aeródromo na região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia foi atingido.

Ataques de bases russas com drones: nova estratégia da Ucrânia contra bombardeios a infraestruturas?

Até o momento, Kiev não reivindicou os ataques. Mas, para a Rússia, não há dúvidas sobre o objetivo deles: “desativar os aviões russos de longo alcance”. Essas aeronaves vêm sendo utilizadas nos bombardeios de infraestruturas energéticas no território ucraniano.

Segundo o governador de Kursk, Roman Starovoit, “um tanque de armazenamento de óleo pegou fogo” nesta terça-feira, mas não houve vítimas. Ele não especificou de onde veio o drone, mas a região fica perto da fronteira com a Ucrânia.

Na segunda-feira (5), duas bases aéreas russas localizadas a centenas quilômetros do território ucraniano já haviam sido alvo de drones, informaram autoridades de Moscou. A longa distância percorrida pelos equipamentos faz as autoridades russas temerem a ampliação da estratégia a regiões mais longínquas na Rússia.

Segundo o ministério da Defesa da Rússia, os drones ucranianos, de concepção soviética, foram interceptados pela defesa antiaérea russa enquanto visavam a base de Diagilevo, na região de Ryazan, e a de Enguels, na região de Saratov. Três soldados russos foram mortos e quatro ficaram feridos nas explosões. Dois aviões russos também foram danificados.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, descreveu nesta terça-feira esses ataques com drones como um “fator perigoso”, acrescentando que “as medidas necessárias estão sendo tomadas”. Segundo Peskov, o presidente russo, Vladimir Putin, também se reuniu com seu Conselho de Segurança hoje para discutir questões relacionadas à “segurança interna”.

Reparo das infraestruturas energéticas

Paralelamente, a Ucrânia trabalha, nesta terça-feira, para restaurar as redes de energia elétrica após os últimos ataques russos. Os bombardeios provocaram apagões em todo o país, em um momento de frio intenso.

Dos 70 mísseis lançados por Moscou na segunda-feira, “a maioria” foi derrubada, afirmou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mas os demais atingiram a já danificada infraestrutura de energia do país.

Novos apagões foram registrados em todo o território ucraniano como consequência dos ataques, informou no Telegram a empresa Ukrenergo. Seu presidente, Volodimir Kudrytskyi, disse que “não há dúvida de que os militares russos consultaram engenheiros do setor de energia para o ataque”. “Nossas equipes vão trabalhar para reparar o sistema”, acrescentou.

Após meses de bombardeios russos, quase metade dos sistemas de energia elétrica da Ucrânia, o que deixa os moradores no escuro e no frio por horas em um momento de temperaturas abaixo de zero.

Teto ao preço do petróleo russo

Os ataques aconteceram depois que a Rússia rejeitou o teto imposto pelo Ocidente ao preço do barril de petróleo do país, ao mesmo tempo que advertiu que a medida não afetará a ofensiva na Ucrânia. O limite de US$ 60 dólares por barril estabelecido por União Europeia (UE), G7 e Austrália pretende afetar a receita russa, mas não interfere no abastecimento de Moscou ao mercado mundial. Além disso, o atual preço de mercado do barril de petróleo russo é de US$ 65, um pouco acima do teto, o que sugere que a medida terá pouco impacto a curto prazo.

Esta é a mais recente de uma série de medidas dos países ocidentais contra a Rússia, o segundo maior exportador mundial de petróleo, desde que Putin ordenou a invasão da Ucrânia, no último 24 de fevereiro.

A UE também anunciou um embargo às entregas marítimas de petróleo russo, que entrou em vigor na segunda-feira. A medida impedirá os envios marítimos de petróleo russo para a UE, que representam dois terços das importações de petróleo do bloco a partir da Rússia.

Fonte:  msn.com


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