Arthur Chioro, membro do grupo técnico de transição do tema, afirmou que foi identificado um corte de R$ 10,4 bilhões da pasta pelo governo de Jair
O ex-ministro da Saúde Arthur Chioro, membro do grupo técnico que faz a transição do tema para o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), explicou, neste domingo (4), em entrevista à CNN, que foi identificado a necessidade de aumentar o orçamento da pasta em R$ 22,8 bilhões.
“Ele nos pediu em primeiro lugar, qual é rombo do orçamento de 2023 mandado por Jair Bolsonaro para o Congresso Nacional. E nós identificamos que foram cortados R$ 10,4 bilhões de ações como: tratamento do câncer, farmácia popular, saúde indígena, vacinas e bolsas de residência”, explicou
“Mas nós também, como base no planejamento que vem sendo feito, com base no programa de governo, inclusive das prioridades de vacinar em massa a população, organizar o enfreamento da pandemia de Covid que não acabou, enfrentar as filas, reforçar a farmácia popular e assistência farmacêutica no SUS, o programa de saúde da mulher, prioridades do presidente Lula, nós identificamos a necessidade de aumentar esse valor até R$ 22,8 bilhões”, continuou.
Em reunião em 25 de novembro, o GT fez um apelo para que seja aprovada uma abertura no Orçamento para o ano que vem – junto com a disponibilização de recursos para o pagamento do Bolsa Família no valor de R$ 600 –, como forma de solucionar uma “crise profunda” na área da saúde.
A declaração em defesa da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para liberar uma folga orçamentária como forma de liberar dinheiro tanto para a Saúde como para o pagamento do benefício social vem um dia após outro integrante da cúpula do mesmo gabinete de transição ter relativizado a necessidade de aprovação da PEC.
O grupo que estuda a situação da pasta no gabinete de transição afirmou ter identificado que, dos recursos previstos para o Ministério da Saúde em 2023, R$ 10 bilhões estão destinados para o orçamento secreto.
Outra justificativa do GT de Saúde é haver no país um quadro de insuficiência de vacinas para a covid-19, falta de medicamentos básicos, queda nos índices de vacinação, filas para cirurgias e procedimentos e apagão de dados
Fonte: cnnbrasil.com.br