Bolsonaro chora em cerimônia com militares em Brasília; presidente não discursa

Bolsonaro chora em cerimônia com militares em Brasília; presidente não discursa
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) se emocionou e chorou durante evento militar nesta segunda-feira, 5, no Clube Naval de Brasília. Ele e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, cumprimentavam oficiais que foram promovidos e suas mulheres em uma das tradicionais cerimônias de final de ano das Forças Armadas. Bolsonaro não fez nenhum pronunciamento.

Michelle também se emocionou e, como o marido, precisou enxugar as lágrimas enquanto os militares passavam pelo palco do evento. Vários dos oficiais prestaram continência ao presidente e algumas das mulheres também choraram ao abraçar Michelle.

O evento foi transmitido ao vivo pela TV Brasil, emissora estatal do governo federal, e constava na agenda oficial de compromissos do presidente. Bolsonaro ainda almoçou com oficiais promovidos. Também estavam presentes os ministros militares Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência), além do ex-candidato a vice e ex-ministro Walter Braga Netto e dos comandantes Freire Gomes (Exército), Baptista Júnior (Aeronáutica) e Almir Garnier (Marinha).

A TV Brasil transmitia ao vivo o momento em que Bolsonaro se emocionou ao cumprimentar oficiais no Clube Naval de Brasília. 

A participação do chefe do Executivo na cerimônia no Clube Naval foi uma das poucas em evento público desde que sofreu a derrota nas urnas para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 30 de outubro. Bolsonaro tem escolhido eventos militares para sair, de forma tímida, do processo de reclusão. Na última quinta, 1º, ele participou de cerimônia de promoção de oficiais-generais do Exército.

Uma das razões citadas por pessoas próximas para justificar a redução do número de compromissos públicos do presidente é o tratamento de uma erisipela, uma infecção em um machucado em uma das pernas. Neste domingo, 4, o vereador Carlos Bolsonaro publicou uma foto que disse ser da ferida na perna do pai, próxima ao calcanhar, e afirmou que “a recuperação corre muito bem”

Em 26 de outubro, o chefe do Executivo compareceu a um evento na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Rio de Janeiro. Foi a primeira agenda fora de Brasília após o segundo turno. Aos poucos, ele também retoma a rotina de reuniões no Palácio da Alvorada e no Planalto.

Apesar da saída do isolamento, Bolsonaro mantém o regime de silêncio adotado após a derrota. Desde o resultado do segundo turno, o presidente se pronunciou apenas em duas ocasiões: em 1º de novembro, quando fez uma fala à imprensa em que não reconheceu a derrota para Lula, e no dia seguinte, em um vídeo no qual pediu que apoiadores desbloqueassem estradas federais.

Oficiais promovidos acompanhados de suas mulheres cumprimentaram Bolsonaro e Michelle durante o evento; presidente não discursou

O presidente também diminuiu a ostensiva presença nas redes sociais, onde vem se limitando a publicar fotos em agendas oficiais anteriores e divulgar realizações da gestão. Ele abandonou até as tradicionais transmissões ao vivo feitas às quintas-feiras.

O silêncio de Bolsonaro ocorre a contragosto de aliados, que insistem para que o presidente se dirija a apoiadores contrariados com a vitória de Lula que permanecem nas ruas em protestos por intervenção militar e com pedidos de fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Aliados desejam que Bolsonaro se transforme em um líder de oposição de extrema-direita, mas questionam sua real disponibilidade diante da paralisia atual do chefe do Executivo.

Fonte:  msn.com


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