O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) criticou a gestão do estado de Mato Grosso diante da pandemia da covid-19. Fechamento dos centros de triagem e leitos destinados à pacientes com covid-19, são alguns dos motivos que levaram novamente ao colapso da saúde, avalia o parlamentar.
Em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real, na última quinta-feira (14), o deputado afirmou que Mato Grosso é o pior estado na gestão desses dois anos de pandemia. “Nós temos a maior taxa de mortalidade por covid-19 do brasil. Mato grosso é um fracasso na gestão da pandemia, exatamente no negacionismo que contaminou, inclusive, as instituições públicas”, criticou.
Médico sanitarista, Lúdio disse que acompanha a curva de contaminação e óbitos desde o dia 20 de março, quando o primeiro caso de infecção da doença foi registrado no estado“Um exemplo do fracasso da gestão da pandemia, é que os prefeitos de Cuiabá, Várzea Grande e o governador do estado se reuniram uma única vez durante os dois anos da pandemia em nosso território. A onda de casos começou a subir, eles começam a entrar em conflito. Isso é outro sinal do quanto a gestão da pandemia em Mato Gosso é ruim e a população está desprotegida”, disse.
O tiro no pé foi quando as prefeituras e o governo decidiram fechar os centros de triagem, como os pontos da Arena Pantanal e Centro de Eventos do Pantanal, assim que o número de casos confirmados começou a cair, por conta da vacinação.
Outro motivo preocupante foi o fechamento de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), antes destinadas a pacientes com covid-19. Esses leitos poderiam continuar servindo para outras enfermidades, cita Lúdio.
“O estado desativando os leitos que estavam abertos, que deveriam ser mantidos para atender a demanda geral por leitos em nosso estado, porque há uma demanda reprimida em muitas áreas, e pra atender essa nova onda da pandemia”, explicou.
Ainda de acordo com o petista, há muito tempo os governantes deveriam ter tomado algumas medidas básicas para a saúde pública, como distribuir gratuitamente a máscara PFF2, cientificamente comprovada como a melhor para evitar a contaminação pelo novo coranavírus e suas variantes.
“Essas máscaras tipos PFF2 já deveriam estar sendo distribuídas em pontos de ônibus, em praças, em locais de grande circulação da população, ao lado de um frasquinho de álcool em gel. O sistema de saúde deveria estar batendo na porta da casa das pessoas, fazendo busca ativa para vacinar quem não se vacinou, porque nós temos em Mato Grosso uma população muito suscetível ainda a se infectar”.
Além das máscaras, a criação de tendas para atender pacientes com sintomas gripais desafogaria a circulação de pessoas em unidades de saúde.
“Tínhamos que ter tendas de atendimento espalhadas pela cidade, porque os outros programas de saúde vão continuar existindo. Atender sintomas gripais em tendas abertas, pra deixar a UPA, policlínica, centro de saúde, em condições de atender as outras demandas e assim a gente conseguir acompanhar da melhor forma possível esse cenário de tsunami”, pontuou.
Fonte: gazetadigital.com
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