Duas escolas do município de Aracruz, no Espírito Santo, foram alvo de ataques a tiros nesta sexta-feira (25/11). Segundo a polícia, três pessoas morreram e 13 ficaram feridas nos ataques, executados por um homem armado, detido pela polícia cerca de quatro horas após o ataque.
Os ataques ocorreram por volta de 9h30 no horário de Brasília. O agressor atacou inicialmente a Escola Estadual Primo Bitti, invadindo a sala de professores com uma pistola. Pelo menos 11 pessoas foram baleadas no local, e duas morreram.
Imagens de câmeras de segurança divulgadas pela imprensa local mostram o agressor usando uma máscara e roupas camufladas e carregando uma pistola de cano longo.
Na sequência, o atirador entrou num veículo modelo Renault Duster com as placas encobertas e se dirigiu ao Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC), uma escola particular que fica na mesma rua do primeiro colégio. Durante o segundo ataque, o agressor baleou mais três pessoas e uma delas morreu no local.
As identidades e idades das vítimas não foram divulgadas. Segundo a polícia, duas professoras e um aluno da segunda escola estão entre os mortos.
O governador do estado, Renato Casagrande (PSB), afirmou que o suspeito de ser o atirador foi detido em sua casa, em Aracruz. A polícia identificou o carro utilizado por ele na fuga e conseguiu encontrar seu endereço por meio das placas do veículo, apesar de elas estarem parcialmente encobertas.
Suspeito era ex-aluno de uma das escolas
O suspeito tem 16 anos e estudou até junho no último no colégio estadual atacado. Segundo Casagrande, ele teria usado duas armas que seriam de seu pai, um policial militar. Os disparos partiram de uma pistola .40, que pertence ao Estado e era usada pelo policial em seu trabalho, e de uma pistola particular.
Após os ataques, a prefeitura de Aracruz informou que as aulas em todas as escolas da rede municipal foram suspensas, atendendo orientação da Polícia Militar. Aracruz, cidade de 100 mil habitantes, fica a cerca de 80 quilômetros ao norte da capital do estado, Vitória.
Outros ataques
Nos últimos anos, o Brasil foi palco de outros ataques em escolas. Em 2021, um jovem de 18 anos invadiu um creche do município catarinense de Saudades com um facão e matou duas funcionárias e três bebês menores de 2 anos.
Em 2019, dois ex-alunos de uma escola estadual em Suzano, na Grande São Paulo, mataram sete pessoas na unidade e deixaram 11 feridos. Um dos agressores acabou matando o comparsa e depois cometeu suicídio.
Em 2011, ocorreu um dos mais trágicos massacres em escolas brasileiras: o ataque do Realengo. Na ocasião, um ex-aluno de 23 anos invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira, na zona oeste do Rio de Janeiro, e disparou contra vários alunos de 13 a 15 anos, deixando 12 crianças mortas.
Fonte: dw.com