Comissão aponta os efeitos do crescimento econômico e inflação como explicação
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), sinalizou nesta quinta-feira (24) que a pobreza extrema deve afetar 82 milhões de pessoas no continente. O relatório aponta o crescimento como “um retrocesso de um quarto de século para a região”.
Segundo o secretário executivo do Cepal, José Manuel Salazar-Xirinachs, a desaceleração da economia e a alta da inflação são os principais causadores do crescimento da pobreza aguda.
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O documento, com nome de “Panorama Social da América Latina e Cariba 2022”, registrou uma taxa de pobreza de 31,2%, 0,2 ponto percentual (p.p.) abaixo dos 32,3% de 2021.
Contudo, o relatório aponta a pobreza extrema com 13,1%, número maior em comparação à 2021, quando foi de 12,9%.
São citados os danos causados pela pandemia como um dos fatores de maior impacto para futuras gerações.
Em comparação ao período anterior à pandemia, os novos números do documento apontam um crescimento de 12 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, e 15 milhões em pobreza.
O Cepal explica os números como “efeitos combinados do crescimento econômico, da dinâmica do mercado de trabalho e da inflação”.
Educação
Salazar-Xirinachs também cita “crise da educação” como outro ponto de destaque para o aumento da pobreza extrema.
Segundo o relatório, o percentual de jovens entre 18 a 24 anos que não estudam nem trabalham aumentou drasticamente durante a pandemia. Em 2019, esses jovens representavam 22,3 p.p. e, em 2020, chegaram a 28,7%.
A América Latina sofreu, durante o período de pandemia, longos fechamentos de escolas e faculdades. Em média, foram 70 semanas de isolamento em estabelecimentos de ensino latino-americanos, contra 41 semanas em outros países.
Fonte: economia.ig.com.br