Após 3 meses de queda, inflação volta a subir no Brasil

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Com o resultado referente a outubro, a inflação acumula alta de 4,7% no ano corrente e de 6,47% em 12 meses. Em outubro de 2021, a taxa foi de 1,25%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial no país, subiu em outubro 0,59% em comparação com setembro, interrompendo três meses consecutivos de deflação. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (10/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, a inflação acumula alta de 4,70% no ano corrente e de 6,47% em 12 meses. Em outubro de 2021, o IPCA foi de 1,25%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito mostraram alta em outubro. As altas mais intensas ocorreram em “Vestuário”, com 1,22%, e em “Saúde e cuidados pessoais”, com 1,16% (impacto de 0,15 ponto percentual).

As maiores influências no índice geral foram dos grupos “Alimentação e bebidas”, com alta de 0,72% (impacto de 0,16 p.p. sobre o índice geral), e “Transportes”, que ficaram 0,58% mais caros no período analisado (0,12 p.p.). Apenas “Comunicação” apresentou queda, de 0,48% (-0,03 p.p), puxado pelos planos de telefonia móvel (-2,05%).

Juntos, os três grupos “Alimentação e bebidas”, “Saúde e cuidados pessoais” e “Transportes” responderam por cerca de 73% do IPCA de outubro. Segundo o IBGE, os itens e subitens com os maiores impactos individuais no IPCA do mês foram passagem aérea, que teve aumento de 27,38%, higiene pessoal (2,28%) e plano de saúde (1,43%).

Entre os alimentos, a alta foi puxada pela alimentação no domicílio, que ficou 0,80% mais cara, com forte influência do aumento do preço da batata-inglesa (23,36%) e do tomate (17,63%). O IBGE também registrou alta na cebola (9,31%) e nas frutas (3,56%).

Recuos de preço

Pelo lado das quedas, o leite longa-vida ficou 6,32% mais barato em outubro, após cair 13,71% em setembro, e o óleo de soja recuou 2,85%, a quinta queda seguida. A alimentação fora do domicílio subiu 0,49%, com a desaceleração do lanche de 0,74% em setembro para 0,30% em outubro e o aumento na refeição de 0,34% para 0,61% na passagem mensal.

Os combustíveis registraram queda em outubro, com redução de 1,56% na gasolina, 2,19% no óleo diesel e 1,21% no gás veicular. Apenas etanol registrou alta, de 1,34%.

O IBGE também aponta recuo no transporte por aplicativo, que caiu 3,13%, após a alta de 6,14% registrada em setembro. O preço da passagem de ônibus urbano teve queda de 0,23%, com a redução aos domingos em Salvador (2,99%).

O grupo “Vestuário” segue com tendência de alta desde a retomada das atividades após o isolamento social imposto pela pandemia da covid-19, com aumento dos preços das roupas masculinas (1,70%) e femininas (1,19%). Segundo o instituto, o grupo acumula a maior variação em 12 meses, com 18,48%.

Em “Habitação”, houve desaceleração de 0,60% em setembro para 0,34%, influenciado pela queda de 0,67% no gás de botijão.

Por região, todas as áreas pesquisadas apresentaram alta em outubro. A maior variação ocorreu no Recife (0,95%), com os aumentos da energia elétrica (9,66%) e das passagens aéreas (47,37%). O menor índice veio de Curitiba (0,20%), com os recuos na energia elétrica (9,88%) e na gasolina (2,40%).

INPC

Também divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,47% em outubro. A alta acumulada no ano está em 4,81% e nos últimos 12 meses em 6,46%.

Em outubro de 2021, o indicador fechou em 1,16%. Nessa análise, os produtos alimentícios passaram de queda de 0,51% em setembro para alta de 0,60% em outubro. Já os não alimentícios, que haviam recuado 0,26% em setembro, subiram 0,43%.

O IPCA reflete a inflação para as famílias com rendimentos de um a 40 salários mínimos, e o INPC abrange as famílias com rendimentos de um a cinco salários mínimos.

As regiões pesquisadas são as metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

Fonte:    dw.com

 


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