Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Normando Corral, disse que a vitória do candidato do PT não abala o otimismo da entidade em relação aos próximos anos.
“Vejo a vitória de Lula com uma certa tranquilidade porque tenho muita esperança no novo Congresso e nos novos governadores eleitos. Muitos são políticos jovens”, afirmou.
Ele disse que a relação das entidades do agronegócio com o Governo Lula será de diálogo, mas com ressalvas.
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“Tenho receio de que algumas coisas possam acontecer e impeçam um bom diálogo. Uma delas, que sempre nos preocupou, é a insegurança jurídica quanto a esses movimentos ditos sociais, mas que não são, como o MST (Movimento dos Sem Terra). O mercado é soberano sobre o que acontece com a produção agropecuária. Se radicalizar nesse ponto, obviamente, vai ter uma radicalização do contrário”, disse.
Segurança jurídica no campo, com a não tolerância às invasões de terras, proteção da produção nacional, incentivo às exportações e suprimento de fertilizantes estão entre as principais demandas de entidades do agronegócio ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
As cadeias produtivas que compõem o agronegócio respondem por um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e por quase 50% das exportações, segundo dados do Governo Federal.
O setor, que mais apoiou a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), espera manter “um bom diálogo” com o novo Governo de Lula.
Fonte: diariodecuiaba.com.br