Carlos Ernesto Augustin, conhecido como rei da semente, seria um dos responsáveis pela transição na área da Agricultura
Em sua coluna no site Metrópoles, o jornalista Guilherme Amado informou, nesta sexta-feira (4), que um dos maiores produtores de sementes de soja do país deve ser convidado pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, para participar da transição do Governo Lula.
Carlos Ernesto Augustin, conhecido como Teti, seria um dos responsáveis pela transição na área da Agricultura.
Augustin, um dos reis da semente no Brasil, cultiva na região da Serra da Petrovina, no polo de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá), e integrou, com destaque, a equipe liderada por Aloizio Mercadante, que elaborou a política agrícola de Lula (PT).
Segundo o jornalista, interlocutores de Alckmin dizem que o senador Carlos Fávaro, do PSD, e o ex-ministro Neri Geller, do PP, também devem receber convites para a transição.
Ambos apoiaram Lula desde o primeiro turno, em Mato Grosso.
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Conforme o DIÁRIO divulgou, um dos articuladores da campanha de Lula em Mato Grosso e, provavelmente, o único grande empresário do agronegócio a escancarar o apoio ao petista nas eleições deste ano, Carlos Ernesto Augustin afirmou que os produtores rurais sentem medo de revelar voto no petista, em meio ao “ódio” que impera no setor – majoritariamente, bolsonarista.
Segundo Teti, como é conhecido no segmento agropecuário, outros grandes produtores também apoiraam Lula, mas tiveram o mesmo receio de declarar o voto e serem repreendidos pelos colegas.
“É a ideologia. Os agricultores estão ensandecidos, não existe bom senso. Os produtores querem sair no tapa, não dá nem para conversar mais com os amigos. Ninguém fala que vota no Lula por medo do ódio”, afirmou.
O jornalista mato-grossense Eduardo Gomes disse, em análise publicada pelo site e jornal, que, caso Lula vencessea a disputa, o senador Carlos Fávaro (PSD) seria peça-chave da política mato-grossense.
Lula, porém, segundo Gomes, deverá optar por mantê-lo em plenário, onde a oposição ao seu Governo será ferrenha, e sua defesa terá que ser assumida por oradores articulados, como é o caso de Fávaro.
“Mesmo sem Fávaro, Lula, certamente, reservará o Mapa ao agronegócio mato-grossense, que é o maior do país”, escreveu o jornalista.
Numa hipótese assim, e com aval de Blairo Maggi (PP) e Fávaro, dois nomes entrariam em cena pelo cargo: Carlos Ernesto Augustin e Ricardo Tomczyk.
Tomczyk tem lavouras em Rondonópolis, foi presidente da Aprosoja Mato Grosso e secretário de Desenvolvimento Econômico no Governo de Pedro Taques; é advogado e executivo de Relações Institucionais da Amaggi.
Fonte: diariodecuiaba.com.br