Nome “favela” surgiu por causa de uma planta medicinal com o mesmo nome
Desde 1900, o dia 4 de novembro é conhecido como o Dia da Favela.
O termo apareceu pela primeira vez em um documento oficial, em 4 de novembro de 1900, quando o delegado da 10ª Circunscrição e chefe de polícia da época redigiu um documento se referindo ao Morro da Providência como “favela”. O Morro da Providência é considerado a primeira comunidade do Brasil, localizada no bairro da Gamboa, região central do Rio de Janeiro.
Outra curiosidade é que o nome “favela” surgiu por causa de uma planta medicinal com o mesmo nome. A faveleira da Caatinga pode ser encontrada em alguns lugares dos estados da Bahia, Paraíba, Pernambuco e Piauí. Dependendo da região, também é conhecida como favela-de-cachorro
O estigma do termo “favela”
Ao longo dos anos, a palavra “favela” e o uso da palavra “favelado” para definir seus moradores ganharam uma série de significados pejorativos. O termo era, inclusive, uma estratégia para separar as populações periféricas de outras regiões. Outros termos como “comunidade” e “periferia”, surgiram como forma de diminuir o estigma atrelado às favelas e de tornar os moradores mais integrados à cidade.
“O dia da favela é uma data de celebração da potência desses lugares. Mostrar uma favela ativa, que desenvolve, que sabe o que quer e que precisa de investimentos para transformar a sua vida”, afirma Gilson Rodrigues, presidente do G10 Favelas, organização sem fins lucrativos formada por blocos de líderes e empreendedores das comunidades.
Paraisópolis: a segunda maior favela de São Paulo
Para comemorar o Dia da Favela, a segunda maior de São Paulo, Paraisópolis, realiza uma programação especial com foco em empreendedorismo de impacto social, inovação, diversidade e educação financeira.
O evento acontece no Pavilhão Social G10 Favelas, Rua Itamotinga, 100. O destaque é a feira de empregabilidade e o lançamento do serviço de conta digital do G10 Bank, uma instituição financeira que pretende ser um gerador de crédito nas periferias.
“O G10 Bank é uma iniciativa que visa acessar o crédito sem burocracia para empreendedores da favela. E agora estamos avançando mais uma etapa criando as nossas plataformas e as contas digitais para que trabalhadores do Brasil possam contatar e ter acesso a todos os serviços”, completa Gilson.
A programação conta com workshop com dicas de finanças, reunião de lideranças do G10 Favelas dos estados brasileiros, empreendedores de comunidades e CEOs de grandes empresas, e especialistas que contribuem com o desenvolvimento das favelas do país.
Fonte: cnnbrasil.com.br