O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União), condenou os atos de vandalismo e pedido de intervenção militar e federal, feita por manifestantes nas rodovias em Mato Grosso. O deputado pediu a identificação dos agressores que atacaram a equipe da TV Vila Real que foi hostilizada na última quarta-feira (2), quando fazia cobertura das manifestações.
“A imprensa foi agredida e quem fez isso tem que pagar criminalmente e pelos danos cometidos. Isso não é tolerável, não é aceitávelcom ninguém, muito menos com a imprensa que tá lá trabalhando, que tá lá levando informação pra todo mundo, está prestando serviço público pra todos. Essas pessoas tem que ser penalizadas”, disse Eduardo Botelho nesta quinta-feira (3).
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Botelho também descartou as críticas contra o governo Mauro Mendes (União), de que estaria fazendo corpo mole com os bloqueios. Botelho afirma que a partir de hoje, a Polícia Militar atuará de maneira mais enérgica, caso for preciso. “Ontem, tivemos uma reunião e ficou definido que a partir de hoje, se necessário, a polícia usará de todas as suas forças para garantir o direito de ir e vir das pessoas. A manifestação é um direito, desde que não impeça o direito do outro de ir e vir”, afirmou.
Questionado sobre o fato de ter pedido paras intervenção militar e federal, Botelho acredita que os pedidos são de vandalos, e que isso não tem como compactuar.
Na noite desta quarta-feira, a equipe da TV Vila Real foi atacada por manifestantes, na porta do 13ª Brigada de Infantaria, na avenida do CPA, em Cuiabá. Os revoltosos exigiram a saída dos profissionais, danificaram o carro da reportagem e equipamentos de trabalho. Caso foi denunciado à Polícia Civil.
Conforme as informações, a equipe era formada pelo repórter Fernando Moreno, o cinegrafista João Páscoa e o motorista Alessandro Macedo. Ao GD, o jornalista Fernando Moreno contou que a equipe já tinha gravado em outros pontos do protesto. Foram ao Trevo do Lagarto e também até um trecho da BR-364. Eles se preparavam para encerrar a matéria na manifestação da avenida do CPA.
“Quando o Páscoa saiu para fazer umas imagens, eu fui junto. Ele já estava cercado pelos bolsonaristas. Falei que a gente queria só finalizar a matéria, mas eles questionaram o motivo da gente não ter ido mais cedo”, lembrou o repórter.
Em seguida, o grupo começou a xingar a equipe. “Disseram que somos canalhas. Me chamaram até de mau-caráter, vagabundo e depois nos mandaram ir embora”, lembra. A equipe também foi chamada de ‘petista vagabundos e desgraçados’.
Fernando conta que tentou dialogar, mas sem sucesso. A equipe entrou no carro, momento em que foram cercados. Eles balançavam o veículo e consumaram o dano no veículo da TV Vila Real. A Polícia Militar foi acionada para a situação. O teto e o para-brisa do veículo ficaram danificados. O microfone do repórter também foi danificado.
Fonte: gazetadigital.com.br
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