Setor ainda está com nível de atividade abaixo do que estava antes da pandemia. E quase 20% abaixo do nível recorde, registrado em 2011
A produção industrial brasileira caiu 0,7% de agosto para setembro, na segunda queda mensal seguida. Já na comparação com setembro de 2021, tem ligeira alta, de 0,4%, segundo o IBGE. Mas acumula retração de 1,1% no ano e de 2,3% em 12 meses.
De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira (1º), a queda no mês atinge as quatro categorias econômicas e 21 dos 26 ramos pesquisados pelo institutos. “Com esses resultados, o setor industrial ainda se encontra 2,4% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,7% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011”, informa o IBGE.
Alimentos e petróleo
Entre as principais influências negativas, estão produtos alimentícios (-2,9%), metalurgia (-7,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%), além de bebidas (-4,6%) e produtos de madeira (-8,8%). Das cinco altas, destaque para indústrias extrativas (1,8%) e máquinas e equipamentos (2,2%).
Em relação a setembro do ano passado, o IBGE apura resultado positivo em duas das quatro categorias, 12 dos 26 ramos, 28 dos 79 grupos e 45,3% dos 805 produtos pesquisados. E cita a expansão do setor que reúne veículos automotores, reboques e carrocerias (20,3%). O setor extrativo cai 5,7%.
Queda geral em 2023
De janeiro a setembro, as quatro categorias econômicas acumulam queda. A retração atinge ainda 15 dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e 61% dos 805 produtos.
Dos vários setores em queda, destaque para indústrias extrativas (-4%), produtos de metal (-10,8%), metalurgia (-5,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-11,7%) e produtos de borracha e de material plástico (-6,7%). O IBGE cita ainda produtos têxteis (-13,2%), móveis (-17,9%), produtos de minerais não metálicos (-4,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,5%) e produtos de madeira (-8,3%).
Por outro lado, a atividade de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis teve expansão (8,3%) exerceu a maior influência. Além de outros produtos químicos (3%), bebidas (4,4%), celulose, papel e produtos de papel (3,5%) e produtos alimentícios (0,7%, mesmo índice de veículos automotores).
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Fonte: redebrasilatual.com.br